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Anais do 35º Seminário de Extensão Universitária da Região Sul - Área temática: Educação O presente trabalho é um relato sobre uma experiência educativa vivenciada com uma criança da comunidade Orfanotrófio, um território de constante conflito devido ao intenso tráfico de drogas. Esta experiência foi proporcionada por meio do Projeto de Extensão “Brincar e Filosofar com Crianças da Comunidade Orfanotrófio, onde a sua proposta é integrar as crianças e jovens da comunidade com professores e alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a partir de oficinas com atividades lúdicas e rodas de conversa que proporcionam informações relacionadas à saúde, à educação, ao seu bem-estar e à importância do meio ambiente, além de difundir a Universidade junto à comunidade. “L” é uma menina de 6 anos, que não frequentava a escola e aparentemente apresentava necessidades educativas quanto a linguagem e relacionamento social. Observando os desenhos produzidos por esta criança, percebeu-se que o seu desenvolvimento gráfico apresentava estar entre o estágio sensório-motor compreendido entre a faixa etária de 0 a 2 anos (rabiscação) e o estágio da garatuja compreendido entre de 2 a 4 anos (desordenada e circular), e ainda o excesso de agressividade impulsiva caracterizado pelo descontrole das emoções geradas pelas manifestações de violência de seu entorno social. Sendo assim, nos pareceu muito pertinente em nossas oficinas adotar uma metodologia que colaborasse com “L”, de forma a auxilia-la no processo de ensino-aprendizagem para que pudesse ter um rendimento satisfatório quando iniciasse sua trajetória escolar no ano letivo de 2017, e contribuir em seu desenvolvimento sócio-afetivo de maneira que tivesse maior integração com as demais crianças da comunidade. Ao final de um ano de trabalho desenvolvido nosso objetivo com “L” foi alcançado, que visava prepará-la para a iniciação da vida escolar e integrá-la com as demais crianças possibilitando colocar-se como sujeito- autor, construindo aprendizagens significativas |