Depressão em crianças e adolescentes com epilepsia

Autor: Valente, Kette Dualibi Ramos, Thomé-Souza, Sigride, Kuczynski, Evelyn, Negrão, Núbio
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2004
Předmět:
Zdroj: Revista de Psiquiatria Clínica; Vol. 31 Núm. 6 (2004); 290-299
Archives of Clinical Psychiatry; v. 31 n. 6 (2004); 290-299
Archives of Clinical Psychiatry; Vol. 31 No. 6 (2004); 290-299
Archives of Clinical Psychiatry
Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
ISSN: 1806-938X
0101-6083
Popis: Epilepsy, a neurological disorder, presents a high frequency of psychiatric disorders, especially depression, which is the most common psychiatric comorbidity in these patients. It's known that depressive disorder may compromise these patient's life more than the severity of epilepsy, pointing to the importance of its diagnosis. However, there are few studies on the prevalence and clinical presentation of depression in childhood and adolescence and none on its treatment. This article aims to study the reasons for the subdiagnosis of this psychiatric disorder and review the evidences for the occurrence of possible common pathogenic mechanisms. For this purpose, we reviewed studies from animal models of epilepsy showing a decreased activity of neurotransmitters, also implicated in the pathogenic mechanisms and treatment of depression. Additionally, we studied the evidences from neuroimaging and neuropsychological studies that corroborate the existence of a limbic structure dysfunction - frontal and temporal - in patients with depressive disorders, which apparently also co-exists in patients with epilepsy. Therefore, this article provides evidence that the concept of a cause- consequence relationship demands revision. A epilepsia, uma condição neurológica, apresenta uma freqüência elevada de transtornos psiquiátricos, em especial a depressão, que é a comorbidade psiquiátrica mais comum nesta população. Sabe-se que o transtorno depressivo pode comprometer muito mais a qualidade de vida de um paciente com epilepsia do que a gravidade da doença em si, daí a importância do seu diagnóstico. Entretanto, há poucos estudos sobre a prevalência e apresentação clínica da depressão nas crianças e adolescentes com epilepsia e nenhum sobre o seu tratamento. Este artigo tem como objetivo estudar as razões para o subdiagnóstico deste transtorno psiquiátrico e revisar as evidências para a ocorrência de possíveis mecanismos fisiopatológicos comuns. Para tal, revisamos estudos em modelos animais de epilepsia que demonstram uma diminuição de neurotransmissores implicados nos mecanismos patogênicos e tratamento da depressão Adicionalmente, estudamos as evidências oferecidas pelos estudos de neuroimagem e neuropsicológicos que corroboram a existência de uma disfunção das estruturas límbicas - frontais e temporais - nos pacientes com transtorno depressivo, que aparentemente também existe em pacientes com epilepsia. Portanto, este artigo de revisão dá evidência de que o conceito de relação causa-efeito para a ocorrência de depressão em pacientes com epilepsia precisa ser revisto.
Databáze: OpenAIRE