Análise do desequilíbrio regional de bem-estar no Brasil

Autor: Manso, Carlos Alberto
Přispěvatelé: Barreto, Flávio Ataliba Flexa Daltro
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2010
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Universidade Federal do Ceará (UFC)
instacron:UFC
Popis: The problem of the Brazilian regional imbalance has usually been treated in the national literature from investigations that use income and / or GDP per capita as analysis variables. For societies with low levels of inequality, this procedure is a good representation of social welfare. However, for economies with high levels of poverty and inequality, the use of income or GDP may not be appropriate. In this sense, this article discusses whether the approximation of per capita income between the Northeast and Southeast Brazil has also been taking place in terms of social welfare. For this purpose, two measures of social welfare are used: Sen (1977) and Kakwani and Son (2008). The results show that, as with per capita income, there is also an approximation of well-being considering the Sen measure. However, when we take into account the income movement of the poorest, present in the second index, there is a gap between the two regions. The analyzes are done for the period 1995 to 2009. This is mainly because productivity gains in the labor market in the Southeast benefited proportionately more workers from poorer families. In addition, although the increase in schooling among the working poor was higher in the Northeast, the return of this education was lower, which contributed to lower productivity in the household. The research also contributes to the discussion on the determinants of wage income inequality using the decomposition present in Fields (2003) and based on Shorrocks (1982) to evaluate that the education variable proved to be the most important to explain both the levels of inequality in the regions and to determine the changes in the concentration of wage income in the period. O problema do desequilíbrio regional brasileiro normalmente tem sido tratado na literatura nacional a partir de investigações que utilizam a renda e/ou PIB per capita como variáveis de análise. Para sociedades com baixos níveis de desigualdade, esse procedimento é uma boa representação do bem-estar social. Entretanto, para economias com elevados níveis de pobreza e desigualdade, a utilização da renda ou PIB pode não ser apropriada. Nesse sentido, esse artigo discute se a aproximação da renda per capita existente entre o Nordeste e o Sudeste brasileiro também vem ocorrendo em termos de bem-estar social. Para esse objetivo, duas medidas de bem-estar social são utilizadas: Sen (1977) e Kakwani e Son (2008). Os resultados apontam que, assim como ocorre com a renda per capita, também está havendo aproximação de bem-estar considerando a medida de Sen. Entretanto, quando se leva em conta o movimento da renda dos mais pobres, presente no segundo índice, constata-se um afastamento entre as duas regiões. As análises são feitas para o período de 1995 a 2009. Isso ocorre principalmente porque os ganhos de produtividade no mercado de trabalho no Sudeste beneficiaram proporcionalmente mais os trabalhadores de famílias mais pobres. Além disso, apesar do aumento da escolaridade entre os trabalhadores pobres ter sido maior no Nordeste, o retorno desta educação foi menor, o que contribuiu para uma menor produtividade no agregado. A pesquisa contribui também para a discussão sobre os determinantes da desigualdade de renda salarial ao utilizar-se da decomposição presente em Fields (2003) e baseada em Shorrocks (1982) para avaliar que a variável educação mostrou-se ser a mais importante para explicar tanto os níveis de desigualdade nas regiões quanto para determinar as mudanças na concentração da renda salarial no período.
Databáze: OpenAIRE