O mato e a cidade angolanos, o subúrbio e a zona sul cariocas: A construção do espaço em 'O feto', de João Melo, e em 'Monólogo de Tuquinha Batista', de Aníbal Machado

Autor: Passos, Arthur Almeida
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Navegações; Vol. 14 No. 2 (2021); e41146
Navegações; v. 14 n. 2 (2021); e41146
Navegações
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)
instacron:PUC_RS
ISSN: 1983-4276
1982-8527
DOI: 10.15448/1983-4276.2021.2
Popis: In this paper, we analyze the construction of space in two short stories from the Portuguese-language literatures: “O feto”, by the Angolan author João Melo, and “Monólogo de Tuquinha Batista”, by the Brazilian author Aníbal Machado. More specifically, we focus on how are aesthetically composed the Angolan countryside and city, in the first case, and Rio de Janeiro city’s periphery and south side, in the second one. We suppose that the members of each pair of spaces reveal themselves as entirely opposite to one another: on the one hand, the Angolan countryside as well as Rio’s periphery would be considered with absolutely positive eyes by the narrators of each text; on the other, the Angolan city as well as Rio’s south side would be regarded with a completely negative disposition by the same characters. In order to verify whether this hypothesis is true or not, we adopt, as an analytical concept, the notion of space as focalization, point of view, or perspective, and emphasize, as analytical principles, the condition of the protagonists of each narrative as literary individuals as well as the aesthetic nature of the four spaces highlighted in this study. Neste artigo, analisamos a construção do espaço em duas narrativas das literaturas de língua portuguesa – “O feto”, do autor angolano João Melo, e “Monólogo de Tuquinha Batista”, do autor brasileiro Aníbal Machado –, com ênfase na composição das zonas rural e urbana de Angola, no primeiro caso, e do subúrbio e zona sul da cidade do Rio de Janeiro, no segundo. Nossa hipótese é que esses espaços, tal como tecidos pelo trabalho autoral nos olhares e vozes das narradoras de cada conto, apresentam-se como diametralmente opostos: por um lado, o mato e o subúrbio seriam considerados de modos inteiramente positivos pelas referidas enunciadoras; por outro, a cidade e a zona sul seriam tratadas de formas completamente negativas pelas mesmas personagens. Para verificar se essa suposição interpretativa se sustenta ou não, recorremos, como referencial analítico específico, ao conceito de espaço como focalização, ponto de vista ou perspectiva, e ressaltamos, como princípios analíticos gerais, a condição das narradoras enquanto sujeitos literários e a natureza estética dos espaços em destaque.
Databáze: OpenAIRE