Aspectos formativos do embate entre fé gentílica e leis da Cidade-Estado em Antígona - doi: 10.4025/actascihumansoc.v33i1.11755

Autor: Melo, José Joaquim Pereira, Fernandes Gomes, Renan Willian
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2011
Předmět:
Zdroj: Acta Scientiarum. Human and Social Sciences; Vol 33 No 1 (2011); 117-122
Acta Scientiarum. Human and Social Sciences; v. 33 n. 1 (2011); 117-122
Acta Scientiarum. Human and Social Sciences
Universidade Estadual de Maringá (UEM)
instacron:UEM
ISSN: 1807-8656
1679-7361
Popis: Having as a frame of reference certain formative aspects in Antigone by Sophocles, this paper intends to discuss how the dramatist, in the aforementioned play, represents the process of transition between myth and reason — gentilic faith and City-State laws — which the Greek society of the 8-5th centuries B.C. faced. The reflection proposed by Sophocles has as its guiding principle the acts of princess Antigone against an edict by King Creon, concerning the burial ceremony of her brother, Polynices. As the protagonist is backed up by the religion of the patriarchal society, the antagonist is the defender of the City-State laws. Within this conflict, not only did Sophocles make use of his character’s issues, but also those of the Greek Man during that transitional time. Thus, in Antigone, the poet presents, though not intentionally, the formative ideal that would fulfill the necessities of the Hellenic society of his time. Therefore, in order to develop this approach, a methodology that contemplates the Greek society of his time is required, as this is the basis to discuss the formative process inherent in Sophoclean drama. Neste texto, pretende-se abordar como, em Antígona, Sófocles representa o processo de transição entre mito e razão — fé gentílica e lei estatal — entre os séculos VIII a V a.C, tendo em vista os aspectos formativos da peça. A reflexão proposta por Sófocles tem como fio condutor a reação da princesa Antígona ao edito do rei Creonte que proibia a realização de cerimônia fúnebre para um dos irmãos dela, Polinices. No embate em que, de um lado, a protagonista se respalda na religião patriarcal e, de outro, o antagonista defende as leis da Cidade-Estado, Sófocles coloca na ordem do dia não somente um conflito de personagens, mas também o conflito vivenciado pelo homem grego nesse momento de transição. Destarte, em Antígona, o poeta apresenta, mesmo que de maneira não-intencional, o ideal formativo correspondente às necessidades da sociedade helênica do seu tempo. Para o desenvolvimento dessa abordagem, optou-se por uma metodologia que prevê a compreensão da sociedade grega no período em questão como a base para a discussão do processo formativo inerente à representação sofocliana.
Databáze: OpenAIRE