Exposições prévias a parasitos vivos de plasmodium berghei nk65 na proteção contra a malária cerebral experimental

Autor: Renhe, Daniela Chaves
Přispěvatelé: Scopel, Kézia Katiani Gorza, Marinho, Cláudio Romero Farias, Lima Junior, Josué Costa, Albrecht, Letusa, Oliveira, Erick Esteves de, Rocha, Vinícius Novaes
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFJF
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron:UFJF
Popis: CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais A malária continua sendo um grande problema de saúde mundial. A ocorrência de espécies e cepas de plasmódios com distintos graus de virulência em uma mesma área torna primordial o esclarecimento dos mecanismos da resposta imune do hospedeiro nas infecções maláricas. Essa elucidação pode colaborar na elaboração de estratégias que evitem o agravamento da doença ou até mesmo a infecção. Assim, esse trabalho investigou a ocorrência da imunidade antimalárica transcendente a cepa em camundongos pré-expostos a parasitos vivos P. berghei cepa NK65 e desafiados com P. berghei cepa ANKA (PbA). Primeiramente, determinou-se a concentração do inóculo capaz de induzir malária cerebral (MC) em animais C57BL/6. Para tal, foram testados inóculos com 105 , 106 e 5x106 eritrócitos parasitados, todos os grupos apresentaram baixos níveis de parasitemia, escore clínico em declínio e óbito dentro do período esperado para malária cerebral. Diante da linearidade dos parâmetros apresentados pelo grupo que recebeu 105 eritrócitos infectados, esse foi o inóculo selecionado para realização dos experimentos. Então, camundongos C57BL/6 foram expostos uma ou duas vezes a 103 hemácias parasitadas por P. berghei NK65 (PbN). Decorridos 30, 90 e 180 dias após a última pré-exposição, os animais foram desafiados com 105 eritrócitos parasitados por P. berghei ANKA. Os animais foram, então, acompanhados diariamente a partir do 4º dia após a infecção para delineamento das curvas de escore clínico, parasitemia e sobrevivência. Foram ainda avaliados os níveis de anticorpos no soro, achados histopatológicos do tecido cerebral, os níveis de citocinas no cérebro, o índice esplênico, fenótipo de esplenócitos e as populações celulares de linfócitos T CD4+ , CD8+ e linfócitos B presentes no cérebro dos animais experimentais. Observou-se que, em média, 21% dos animais pré-expostos 1 ou 2x a PbA e 43% e 54% dos animais que foram pré-expostos a PbN, respectivamente não desenvolveram MC. Interessantemente, os níveis de sobrevivência e parasitemia permaneceram semelhantes quando o desafio foi realizado 90 dias após a última exposição, porém o grau de proteção decaiu para cerca de 20% em animais desafiados no dia 180 após a última pré-exposição. Os níveis de anticorpos IgG1, IgG2a, IgG2b e IgG3 se mostraram semelhantes entre os animais que desenvolveram MC e aqueles que foram protegidos da MC, mesmo nos desafios ocorridos nos dias 30, 90 e 180 após a última pré-exposição. A análise de citocinas pró-inflamatórias TNF-α e IFN- Ɣ, bem como da citocina antiinflamatória IL-10, mostrou níveis semelhantes entre os grupos pré-expostos e o grupo que não foi infectado, independentemente do tipo de imunização ou perfil clínico apresentados pelos animais ou, mesmo, de quanto tempo decorrido até o desafio (30, 90 ou 180 dias). Em relação ao perfil fenotípico dos esplenócitos dos animais que foram desafiados 30 dias após a última pré-exposição, a frequência de linfócitos B totais, linfócitos B naive e linfócitos T citotóxicos, se mostraram diminuídas em animais imunizados que não desenvolveram MC, quando comparados aos animais que desenvolveram MC e animais do grupo controle. Portanto, as pré-exposições a parasitos vivos de baixa virulência influenciam no desenvolvimento da MC experimental em modelo murino causada por P. berghei ANKA. Malaria remains a great world health issue. The occurrence of Plasmodium species and strains with different degrees of virulence in one area makes its essential to clarify the mechanism of immune response in the host during malarial infections. This elucidation can collaborate in strategies that avoids the disease severity or even the infection. So, this study aims to investigate the occurrence of transcendent antimalarial immune response in pre-exposed mice to live parasites of Plasmodium berghei NK65 (PbN) and challenged with P. berghei ANKA (PbA). First, we determined the concentration of parasites that were capable to induce cerebral malaria (CM) in C57BL/6 mice. For that, 105 , 106 e 5x106 parasitized erythrocytes (pRBCs) were tested, all groups presented low levels of parasitaemia, decreased clinical score and death between the period estimated for the development of cerebral malaria. In front of the parameter linearity shown by the group that received 105 parasitized erythrocytes, that was the inoculum used in the experiments. So, C57BL/6 mice were exposed once or twice to 103 parasitized erythrocytes by PbN. Following 30, 90 and 180 days after the last exposure to parasites, animals were challenged with 105 pRBCs by PbA. Then, animals were daily followed since day 4 after infection to determine the clinical score, parasitaemia and survival rate. Antibody levels, histopathological findings at cerebral tissue, cerebral cytokine levels, splenic index, splenocytes phenotype and T CD4+ , CD8+ and B cerebral lymphocyte population were also evaluated. We could observe that, in average, 21% of pre-exposed animals once or twice to PbA and 43% and 54% of animals pre-exposed to PbN, respectively, did not developed CM. Interestingly, survival rate and parasitaemia levels remained similar when challenge was performed 90 days after the last exposure, on the other hand, protection declined to 20% in animals challenged 180 days after the last exposure. IgG1, IgG2a, IgG2b and IgG3 levels showed similar between animals that developed CM and those that were protected from the severe form of the disease, even in animals that were challenged 30, 90 and 180 days after the last pre-exposition. TNF-α e IFN-Ɣ pro-inflammatory and IL-10 antiinflammatory cytokine analysis shown similar levels between pre-exposed groups and the group that was not infected, independently of the type of immunization or the clinical profile showed by animals, or even the elapsed time until the challenge (30, 90 or 180 days). Regarding the splenocytes phenotyping, when animals were challenged 30 days after the last exposure, they showed low frequencies of B lymphocytes, naïve B cells or cytotoxic T cells when did not developed CM, compared to the control group or to animals that developed the severe form of the disease. Then, pre-expositions to low virulence live parasites influences at the experimental cerebral malaria development in murine model caused by PbA.
Databáze: OpenAIRE