A formação da rede urbana como estratégia de definição da fronteira entre as Capitanias de Minas Gerais e de São Paulo na segunda metade do século XVIII
Autor: | Salgado, Ivone, Pereira, Renata Baesso |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2017 |
Předmět: | |
Zdroj: | Labor e Engenho; v. 11 n. 3 (2017): jul./set.; 218-241 Labor e Engenho; Vol. 11 No. 3 (2017): jul./set.; 218-241 Labor e Engenho; Vol. 11 Núm. 3 (2017): jul./set.; 218-241 Labor & Engenho Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) instacron:UNICAMP |
ISSN: | 2176-8846 |
Popis: | The municipal institutions are essential instruments in the consolidation and defense of the territories of the Portuguese Crown in Brazil. In the 18th century, in face of the gold discoveries and occupation of the territory, the creation of towns in Minas Gerais is a strategy to affirm the Crown's power and administrative organization. When the Captaincy of São Paulo was restored in 1765, the strengthening of the Crown's power was structured by military actions and the inauguration of sugar production, which is associated with the creation of a network of villages, parishes and towns. The governors of São Paulo seek to improve structures that would guarantee the flows of people and goods in the territory, as well as consolidate territorial limits with Spain and with the confining captaincies. However, the occupation of the border areas between the captaincies of São Paulo and Minas Gerais was never consensual among the authorities, both metropolitan and colonial. A region of litigation in the18th century, the hinterland of the Rio das Mortes was marked by São Paulo’s establishments, stimulated by the government of this captaincy, and by attempts to organize the colonial authorities of Minas Gerais. This work analyzes the conflicts, practices, and discourses involved in the process of establishing the urban network in the border region between the captaincies of Minas Gerais and São Paulo in the end of the 18thcentury. The actions of the Crown indicate the importance of the region in the late eighteenth century. The role of civil and ecclesiastical authorities in the establishment of the urban centers in question is highlighted. The case studies elucidate regional differences in the same context and are based on the primary documentation that represents the instruments of control of the territory by the Crown: cartography and the oficial documents of the Municipal Chambers and the Governors. As instituições municipais são instrumentos essenciais na consolidação e defesa dos territórios da Coroa portuguesa no Brasil. No século XVIII, frente às descobertas auríferas e a ocupação do território, a criação de vilas em Minas Gerais configura-se como estratégia de afirmação do poder da Coroa e de organização administrativa. Quando a Capitania de São Paulo é restaurada em 1765, o fortalecimento do poder da Coroa se estrutura por ações militares e pela inauguração da produção de açúcar, associada à criação de uma rede de povoados, freguesias e vilas. Os governadores paulistas buscam aprimorar estruturas que garantiriam os fluxos de pessoas e mercadorias no território, bem como consolidar os limites com os domínios da Espanha e com as capitanias confinantes. Contudo, a ocupação das áreas de fronteira entre as capitanias de São Paulo e de Minas Gerais nunca foi consensual entre as autoridades, tanto metropolitanas quanto coloniais. Região de litígio no século XVIII, o sertão do Rio das Mortes foi marcado por estabelecimentos paulistas, estimulados pelo governo desta capitania, e pelas tentativas de ordenamento das autoridades coloniais mineiras. O trabalho analisa conflitos, práticas e discursos envolvidos no processo de constituição da rede urbana na região de fronteira entre as capitanias de Minas Gerais e São Paulo no final do século XVIII. As ações da Coroa indicam a importância da região no final do século XVIII. Destaca-se o papel dos agentes do poder civil e eclesiástico no estabelecimento dos núcleos urbanos em questão.Os estudos de caso elucidam diferenças regionais em um mesmo contexto e fundamentam-se na documentação primária que representa os instrumentos de controle do território por parte da Coroa: a cartografia e os ofícios das Câmaras e dos Governadores. |
Databáze: | OpenAIRE |
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