A relação entre a violência e o desenvolvimento das funções executivas em crianças e adolescentes

Autor: Ferreira, Larissa de Oliveira e
Přispěvatelé: Zanini, Daniela Sacramento, Seabra, Alessandra Gotuzo, Pires, Izabel Augusta Hazin, Faria, Margareth Regina Gomes Veríssimo de, Coelho, Cristiano
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás)
Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)
instacron:PUC_GO
Popis: Submitted by Taina Catenassi Santos Nobrega (tainasantos@pucgoias.edu.br) on 2022-10-07T13:50:46Z No. of bitstreams: 1 Larissa de Oliveira e Ferreira.pdf: 4020275 bytes, checksum: 5f9a353c73f368085f9fe3ab50e0fc12 (MD5) Made available in DSpace on 2022-10-07T13:50:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Larissa de Oliveira e Ferreira.pdf: 4020275 bytes, checksum: 5f9a353c73f368085f9fe3ab50e0fc12 (MD5) Previous issue date: 2020-06-26 CAPES The experience of situations of violence with the potential to cause trauma is called victimization. Victimization against children and adolescents, according to demographic data and empirical study, has increased in recent years, becoming a social concern. Maltreatment is the type of victimization with the highest incidence in this age group, so many studies seek to investigate the relationship of this type of victimization with emotional aspects and possible impairment in cognitive functions. However, studies that seek to identify the relationship between other types of victimization, such as victimization for conventional crimes, victimization by peers, witnessed victimization and polyvictimization about executive functions in this important age group, are still scarce. Executive functions (FEs) are cognitive processes that allow the individual to exercise control and regulate the processing of information in the face of new requirements, thus it is a complex function related to adaptation to new environments. Some models suggest that FEs are a single skill that spans multiple domains; among them, working memory, cognitive flexibility and inhibitory control are named as core components. The typical development of FEs is related to the development of learning processes and academic performance. Good academic performance is related to a good verbal comprehension ability, since the adequate verbal reasoning ability is directly related to the knowledge base of children and adolescents. Given this context, it is important to study this thesis that sought to investigate whether the experience of different types of violence is directly related to losses in the development of the FEs, but it also intends to investigate whether, in addition to directly impacting the development of the FEs, the experience of different victimizations may have an indirect effect or be enhanced by their impact on verbal comprehension, which could then intensify their effect on FEs. 83 children and 73 adolescents participated in the research and the instruments used were the JVQ (identification of victimization), FDT (evaluation of FES) and WISC IV (evaluation of FEs and verbal comprehension). The results of the chapters confirmed the initial hypothesis of the thesis that sought to prove the relationship between the different types of victimization and impairments in executive functions, however with regard to polyvictimization, no significant correlations were found in either of the two groups studied. The data also pointed out that the experience of different types of violence in children causes more significant impairments in FEs. However, verbal understanding can be a protective factor for children and adolescents, victims of different victimizations. A vivência de situações de violência com potencial para causar traumas é denominada vitimização. A vitimização contra crianças e adolescentes, de acordo com os dados demográficos e estudo empíricos, aumentou nos últimos anos, tornando-se uma preocupação social. Os maus tratos é o tipo de vitimização de maior incidência nesta faixa etária, portanto muitos estudos buscam investigar a relação deste tipo de vitimização com aspectos emocionais e possíveis comprometimento em funções cognitivas. Contudo, ainda são escassos os estudos que buscam identificar a relação de outros tipos de vitimização, como a vitimização por crimes convencionais, vitimização por pares, vitimização testemunhada e a polivitimização sobre as funções executivas nesta importante faixa etária. As funções executivas (FEs) são processos cognitivos que permitem ao indivíduo exercer controle e regular o processamento de informações frente a novas exigências, assim é uma função complexa relacionada com adaptação a ambientes novos. Alguns modelos sugerem que as FEs constituem uma única habilidade que abrange vários domínios; dentre eles, são nomeados como componentes nucleares a memória de trabalho, flexibilidade cognitiva e controle inibitório. O desenvolvimento típico das FEs está relacionado com o desenvolvimento dos processos de aprendizagem e desempenho acadêmico. O bom desempenho acadêmico está relacionado com uma boa capacidade de compreensão verbal, uma vez que a capacidade de raciocínio verbal adequado está diretamente relacionada com a base de conhecimento das crianças e adolescentes. Diante deste contexto, torna-se importante o estudo desta tese que buscou investigar se a vivência de diferentes tipos de violência tem relação direta com prejuízos no desenvolvimento das FEs, porém pretende também investigar, se além de impactar diretamente no desenvolvimento da FEs a vivência de diferentes vitimizações pode apresentar um efeito indireto ou ser potencializada por seu impacto na compreensão verbal, que poderia então intensificar seu efeito sobre as FEs. Participaram da pesquisa 83 crianças e 73 adolescentes e os instrumentos usados foram o JVQ (identificação das vitimizações), FDT (avaliação das FES) e WISC IV (avaliação das FEs e da compreensão verbal). Os resultados dos capítulos confirmaram a hipótese inicial da tese que buscou comprovar a relação dos diferentes tipos de vitimização e prejuízos nas funções executivas, porém com relação a polivitimização não foram encontradas correlações significativas em nenhum dos dois grupos estudados. Os dados apontaram ainda, que a vivência de diferentes tipos de violência nas crianças causam comprometimentos mais significativos em FEs. Contudo, a compreensão verbal pode ser um fator protetor, para crianças e adolescentes, vítimas de diferentes vitimizações.
Databáze: OpenAIRE