Efeitos de um termo de assentimento adaptado è idade de crianças no conhecimento e atitude relatada de participantes de uma investigação clínica
Autor: | Lucas Henrique Lobato de Araujo |
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Přispěvatelé: | Maria Flavia Carvalho Gazzinelli, David Joseph Diemert, Maria Jose Menezes Brito, Efigenia Ferreira e Ferreira, Rodrigo Siqueira-batista |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2017 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UFMG Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
Popis: | O Assentimento Livre e Esclarecido é condição basal para a condução ética de investigações pediátrica. Evidências apontam crianças potenciais participantes de pesquisa clínicas podem fornecer um assentimento apresentando desconhecimento sobre informações da pesquisa. Investigações empíricas sugerem a necessidade de se desenvolver intervenções capazes de favorecer o conhecimento de crianças sobre as informações da pesquisa com o objetivo de garantir a validade ética em sua decisão. A adaptação da linguagem do Termo deAssentimento à idade vem demonstrando resultados positivos no conhecimento de participantes de pesquisas pediátricas. Estudos que avaliaram essas intervenções, todavia, são escassos na literatura internacional e, sobretudo, no Brasil, país em que os direitos dosparticipantes de pesquisa são assegurados por resoluções específicas. Nesse cenário, este estudo se propõe a responder a seguinte questão: a modificação do Termo de Assentimento favorece o conhecimento de participantes de uma pesquisa pediátrica sobre esquistossomose? O objetivo desta investigação é avaliar os efeitos de um Termo de Assentimento Modificado (adaptado à idade dos participantes) no conhecimento e atitudes de crianças participantes de uma investigação clínica. Trata-se de um estudo experimental, longitudinal, com abordagem quantitativa. Foi conduzido em municípios do Nordeste de Minas Gerais, com 286 participantes elegíveis para uma investigação clínica. A amostra foi dividida por faixa etária (7 a 12 anos e 13 a 15 anos). Posteriormente, os participantes de cada faixa etária foramdistribuídos, aleatoriamente, em dois grupos: experimental e controle. No primeiro realizou-se o processo de assentimento utilizando-se um termo de assentimento modificado, adaptado à idade dos participantes, enquanto no segundo grupo utilizou-se um documento padrão. OTermo de Assentimento Modificado foi elaborado utilizando-se as seguintes estratégias: simplificação da linguagem e figuras, músicas, esquemas e uma história em quadrinhos. Essas estratégias possuem como característica essencial a potência de produzir experiências deproblematização ao invés da assimilação de saberes prontos. Verifica-se, em ambas as faixas etárias, diferenças estatisticamente significativas entre o grupo experimental e controle no conhecimento sobre o objetivo e o tempo da investigação, os benefícios e riscos, anecessidade de realizar exames de sangue, o direito de receber o tratamento quimioterápico, o modo de transmissão da esquistossomose, a possibilidade de reinfecção após tratamento e anecessidade de realizar exame de fezes para diagnóstico, além de apresentarem uma atitude positiva em relação a possibilidade de conversar com os pais sobre a decisão de participar da investigação. Verifica-se que as crianças de 7 a 12 anos do grupo experimental apresentaram um percentual médio de acerto de 51,75%, enquanto no grupo experimental esse valor elevase para 65,12% (p< 0,05). Na faixa etária de 13-15 anos esses valores foram 57,59% e 75,55%, respectivamente (p < 0,05). Verifica-se em todas as idades uma diferença estatisticamente significativa no conhecimento sobre as informações da investigação. Conclui-se que a adaptação de um termo de assentimento à idade das crianças é uma intervenção efetiva para a divulgação das informações de uma investigação. Child assent is a baseline condition for the ethical conduct of pediatric investigations. Evidence indicates that potential children participating in clinical research may provide an assent demonstrating ignorance about research information. Empirical research suggests the need to develop interventions capable of promoting children's knowledge about researchinformation in order to guarantee ethical validity in their decision. The adaptation of the language of the Assent Form to the age has been demonstrating positive results in the knowledge of participants of pediatric researches. Studies that have evaluated these interventions, however, are scarce in worldwide, a country where the rights of researchparticipants are ensured by specific resolutions. In this scenario, this study proposes to answer the following question: does the modification of the Assent Form enhace the knowledge of participants in a pediatric research? The purpose of this research is to evaluate the effects of aModified Assent Form (adapted to the age of the participants) in the knowledge and attitudes reported of children participating in a clinical investigation. This is an experimental, longitudinal study with a quantitative approach. It was conducted in municipalities in theNortheast of Minas Gerais, with 286 participants eligible for a clinical research. Subsequently, the participants of each age group were randomly assigned to two groups: experimental and control. In the first group the assent process was carried out using a Modified Assent Form,adapted to the age of the participants, while in the second group a standard document was used. The Modified Assent Form was elaborated using the following strategies: simplification of the language and figures, songs, schemes and a comic book. These strategies have as essential characteristic the power to produce problematic experiences rather than the assimilation of ready-made knowledge. In both age groups, there were statistically significant differences between the experimental and control in the knowledge about: the purpose andduration of the investigation, the benefits and risks, the need to perform blood tests, the right to receive chemotherapy, the mode of transmission of schistosomiasis, the possibility of reinfection after treatment, and the need for an stool sample for diagnosis, in addition to having a positive attitude towards the possibility of talking to parents about the decision toparticipate in the investigation. It was verified that children aged 7 to 12 years of the experimental group presented average percentage of correct questions of 51.75%, whereas in the experimental group this value rose to 65.12% (p |
Databáze: | OpenAIRE |
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