Obesogenic and leptogenic environment around schools and households and association with cardiometabolic risk in brazilian children (PASE study)
Autor: | Albuquerque, Fernanda Martins de |
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Přispěvatelé: | Novaes, Juliana Farias de |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2022 |
Předmět: | |
Zdroj: | LOCUS Repositório Institucional da UFV Universidade Federal de Viçosa (UFV) instacron:UFV |
Popis: | CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CNPQ Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico O agrupamento de fatores de risco cardiometabólico pode ter origem na infância, favorecendo o risco de doenças cardiovasculares na vida adulta. Nos últimos anos, diversos modelos ecológicos têm sido propostos para avaliar de forma complexa os determinantes de saúde da população. Nesses modelos, a modificação do ambiente é apresentada como uma ação estratégica de prevenção e cuidado da obesidade infantil e suas comorbidades, uma vez que este pode apresentar características “obesogênicas” quando promove escolhas alimentares e de estilo de vida não saudáveis, ou “leptogênicas”, quando promove escolhas saudáveis. Apesar do crescimento de pesquisas que abordam a relação entre o ambiente e saúde, nenhum estudo de revisão sistemática publicado até o momento reuniu informações sobre a relação do ambiente alimentar comunitário com o risco cardiometabólico. Além disso, nenhum estudo avaliou a associação entre o ambiente obesogênico/leptogênico e o agrupamento de fatores risco cardiometabólico em crianças considerando o efeito simultâneo de diferentes determinantes ambientais e individuais para essa condição. Sendo assim, o objetivo deste estudo é avaliar a associação do ambiente obesogênico e leptogênico no entorno das escolas e dos domicílios com o risco cardiometabólico em crianças. Este estudo faz parte de dois projetos maiores, sendo o primeiro um estudo transversal realizado com crianças de 8 e 9 anos matriculadas em escolas públicas e privadas da área urbana de Viçosa, Minas Gerais (Pesquisa de Avaliação da Saúde do Escolar). Nesta pesquisa foram obtidas as informações individuais das crianças. A condição socioeconômica e o consumo alimentar de alimentos ultraprocessados foram avaliados por meio de questionário semi-estruturado e três recordatórios de 24 horas aplicados em dias não consecutivos, respectivamente. Foram aferidos perímetro da cintura e pressão arterial das crianças, além do peso e estatura materna para o cálculo do Índice de Massa Corporal. Os marcadores bioquímicos das crianças foram analisados, tais como glicose e insulina para o cálculo do Homeostasis Model Assessment – Insulin Resistance, lipoproteína de altadensidade de colesterol e triglicerídeos. O segundo projeto possui delineamento ecológico, realizado para obtenção dos dados ambientais. Foram analisados os locais públicos para a prática de atividade física e/ou lazer, estabelecimentos comerciais de venda de alimentos, crimes violentos, acidentes de trânsito, índice de caminhabilidade, percentual de arborização e a renda média da vizinhança. Tomando como ponto central cada escola e domicílio, foram construídos buffers network de 400 metros. A análise de componentes principais foi utilizada para elaboração das variáveis latentes de exposição “ambiente obesogênico” e “leptogênico”, e desfecho “risco cardiometabólico”. Para verificar a associação dos ambientes obesogênico/leptogênico com o risco cardiometabólico no entorno dos domicílios e escolas, foram utilizadas a modelagem de equações estruturais e as equações de estimativa generalizadas, respectivamente. O nível de significância adotado foi de 5% para todas as análises. Os dois projetos foram aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (números dos pareceres: 663.171/2014 e 1.821.618/2016). A revisão sistemática foi reportada com base nas recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses. Dois pesquisadores realizaram a identificação e a seleção dos artigos nas bases de dados Medline, Scopus, Embase, Web of Science, PubMed, Scielo e Lilacs, sem restrições de idiomas ou período de publicação. A escala Newcastle- Ottawa foi utilizada para avaliar a qualidade dos estudos incluídos. Os principais resultados desta pesquisa demonstraram: 1) Dos dezoito estudos longitudinais incluídos no artigo de revisão sistemática, apenas três foram realizados com crianças e adolescentes e encontraram associações significativas entre os estabelecimentos de venda de alimentos e o risco cardiometabólico; 2) No entorno dos domicílios, o ambiente obesogênico foi indiretamente associado ao agrupamento de fatores de risco cardiometabólico da criança, mediado pelo Índice de Massa Corporal materno; 3) No entorno das escolas, o ambiente obesogênico foi positivamente associado ao agrupamento de fatores de risco cardiometabólico em crianças. A complexidade dos determinantes do risco cardiometabólico na infância leva à necessidade de ações intersetoriais articuladas, bem como abordagens voltadas para a promoção e o cuidado da saúde infantil que sejam baseadas nos seus multicomponentes. Palavras-chave: cardiometabólico. Ambiente. Saúde urbana. Criança. Adiposidade. Risco The clustering of cardiometabolic risk factors can originate in childhood, favoring the risk of cardiovascular diseases in adulthood. In recent years, several ecological models have been proposed to assess in a complex way the health determinants of the population. In these models, the environment modification is presented as a strategic action for the prevention and care of childhood obesity and its comorbidities, since it can present “obesogenic” characteristics, when it promotes unhealthy food and lifestyle choices, or “leptogenic”, when it promotes healthy choices. Despite the growth of research that addresses the relationship between environment and health, no systematic review published until the moment has gathered information on the relationship of the community food environment with cardiometabolic risk. Furthermore, no study has evaluated the association between the obesogenic/leptogenic environment and the clustering of cardiometabolic risk factors in children considering the simultaneous effect of different environmental and individual determinants for this condition. Therefore, the objective of this study is to evaluate the association of the obesogenic and leptogenic environment around schools and households with the child’s cardiometabolic risk. This study is part of two researches, the first is a cross-sectional study carried out with children aged 8 and 9 years enrolled in public and private schools in the urban area of Viçosa, Minas Gerais (School Health Assessment Survey). In this research, the individual information of the children was obtained. Socioeconomic status and ultra-processed food consumption were assessed using a semi-structured questionnaire and three 24-hour recalls applied on non-consecutive days, respectively. Children's waist circumference and blood pressure were measured, as well as mother’s weight and height to calculate the Body Mass Index. The children's biochemical markers were analyzed, such as the glucose and insulin for the calculation of the Homeostasis Model Assessment – Insulin Resistance, high-density lipoprotein cholesterol and triglycerides. The second research has an ecological design, carried out to obtain environmental data. Publicplaces for physical activity and/or leisure, retail food outlets, violent crimes, traffic accidents, walkability index, percentual of afforestation and the neighborhood average income were analyzed. Taking each school and household as a central point, 400- meter buffer networks were built. Principal component analysis was used to elaborate the latent “obesogenic” and “leptogenic environment” exposure variables, and the “cardiometabolic risk” outcome variable. To verify the association of the obesogenic/leptogenic environments with the cardiometabolic risk around households and schools, structural equation modeling and generalized estimation equations were used, respectively. The significance level adopted was 5% for all analyses. Both projects were approved by the Ethics Committee for Research with Human Beings of the Federal University of Viçosa (review numbers: 663,171/2014 and 1,821,618/2016). The systematic review was reported based on the recommendations of the Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses. Two researchers carried out the identification and selection of studies in the Medline, Scopus, Embase, Web of Science, PubMed, Scielo and Lilacs databases, without languages or publication period restrictions. The Newcastle-Ottawa scale was used to assess the quality of included studies. The main results of this research demonstrated: 1) Of the eighteen longitudinal studies included in the systematic review, only three were carried out with children and adolescents and found significant associations between retail food outlets and cardiometabolic risk; 2) In the surroundings of the households, the obesogenic environment was indirectly associated with the child’s cardiometabolic risk clustering, mediated by the mother’s Body Mass Index; 3) In the surroundings of schools, the obesogenic environment was positively associated with the child’s cardiometabolic risk clustering. The complexity of the cardiometabolic risk determinants in childhood leads to the need for articulated intersectoral actions and approaches aimed at the promotion and care of child’s health that are based on its multi components. Keywords: Environment. Urban health. Children. Adiposity. Cardiometabolic risk. |
Databáze: | OpenAIRE |
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