E-logística: onde Bill Gates e Karl Marx se encontram
Autor: | Paiva, Marcio Roberto de Lima |
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Přispěvatelé: | Universidade Federal de Santa Catarina, Novaes, Antonio Galvão Naclério |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2001 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UFSC Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) instacron:UFSC |
Popis: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. As vias, os veículos e os terminais, como componentes básicos do Sistema de Transportes (ST), devem prover a capacidade necessária para a movimentação das cargas e seu manuseio; entretanto, o aumento desta infra-estrutura física, por si só, não é condição suficiente para a melhoria da competitividade regional e nacional. Na era da informação, da globalização, dos mercados voláteis, da economia de escopo, e da ascensão do imaterial, o valor do ST para o Sistema Produtivo (SP) está cada vez menos relacionado com a redução pura e simples do custo das trocas materiais entre processos produtivos, medido, p.ex., pela acessibilidade. Intervenções na infra-estrutura geradas pela avaliação do ST unicamente nestes termos, se favoráveis à competitividade-preço, podem ser até negativas quanto à competitividade-valor, o novo determinante da inserção internacional. É necessário, pois, desenvolver novos métodos para a avaliação de intervenções sobre o ST, que considerem, além dos setores industriais tradicionais, que agregam pouco valor, e cujos fluxos estratégicos são os de matéria e energia, também os setores industriais de ponta, que têm na informação seus fluxos estratégicos, e que agregam alto valor. Para distinguir os requisitos de mobilidade do continuum entre estes dois pólos da organização industrial, este trabalho propõe uma nova conceituação do SP, como o sistema evolutivo que lidera o processo evolucionário universal. Foi o último estágio deste processo, o da integração social, que tornou possível a sistematização da cognição coletiva no sistema científico, bem como da ação coletiva no sistema industrial. O desenvolvimento deste sistema bi-face é impulsionado, em última instância, pelo desejo humano de descobrir ou construir o mundo real à imagem da intuição humana. No entanto, a impossibilidade lógica de racionalizar toda a intuição humana, demonstrada por Gödel, significa que o descasamento entre o que é pensado e o que é produzido pode ser reduzido mas nunca eliminado, e esta tensão essencial constitui a mola fundamental da atividade econômica e de sua dinâmica. O processo infinito de adaptação mútua entre cognição social e ação social explica a crescente especificidade da produção científica, e também a crescente especificidade da produção industrial. A manifestação concreta do desenvolvimento econômico, i.e. uma economia, é uma rede de processos produtivos interligados, pares cognição-ação, que, à medida que progride dos recursos mais genéricos à demanda mais específica, exige uma convergência progressiva entre ação e cognição, e, em conseqüência, entre transporte e comunicação, as faces correspondentes da mobilidade. Com a evolução da produção em massa para a produção diferenciada, a partir do meio da década de 70, isto é demonstrado pela ascendência do moderno conceito de logística, designando o transporte modulado por informação, que já agora evolui para o conceito de logística virtual. No limite, este processo leva à ação em tempo virtual, ao "aniquilamento do espaço pelo tempo" previsto por Karl Marx no século XIX, ou, na versão moderna, à "empresa na velocidade do pensamento" preconizada por Bill Gates. |
Databáze: | OpenAIRE |
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