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Este artigo investiga “O urso, a Pantufa, o Quadro, e o Coronel”, conto de Jorge de Sena de 1961. Diante de uma narrativa paradoxal que nunca permite concluir sobre o que é sonho ou vigília na noite descrita do personagem, nossa crítica vê-se obrigada a adotar uma metodologia fragmentária do pensamento para levantar hipóteses de leitura para o texto. Chegamos assim, em espelhamento ao título do conto seniano que coordena quatro elementos em sua composição, a um quarteto temático que permitiria circundá-lo: as produções natalinas de Sena, os estudos psicanalíticos de Jung sobre a alquimia, a ideologia de António Ferro no salazarismo, e a distensão do tempo na narrativa. That article focuses on the narrative «O urso, a pantufa, o quadro, e o coronel», a tale of Jorge de Sena written in 1961. Faced with a paradoxical narrative that never allows us to conclude on what is dream or what is vigil on the night described by the protagonist, our criticism is obliged to adopt a fragmentary methodology of thought to raise hypotheses of reading for the text. In mirroring the title of the Senian tale that coordinates four elements in its composition, we arrive at a thematic quartet that allows us to go through at least its perimeter: his Christmas productions, Jung’s psychoanalytic studies on alchemy, the ideology of António Ferro in salazarism, and the distension of time in narrative. Esta publicação foi financiada por Fundos Nacionais através da FCT — Fundação para a Ciência e a Tecnologia, no âmbito do Projeto «UID/ELT/00077/2019» info:eu-repo/semantics/publishedVersion |