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O presente relatório apresenta e discute o trabalho desenvolvido com uma turma do 11o ano do curso de Artes Visuais, no contexto da disciplina de Desenho A. A actividade proposta desenrolou-se ao longo do 1o e 2o Períodos lectivos, normalmente nos primeiros 10 minutos de cada aula. Este trabalho não surgiu de um planeamento prévio, mas, tanto o seu início, como a sua evolução, deu-se sempre a partir da observação do que acontecia nas aulas, e de um jogo entre aquilo que ia sendo proposto e a forma como ia sendo apropriado pelos alunos. Procurando, ao longo do processo, criar estratégias para despertar a atenção dos alunos para os limites e potencialidades dos materiais com que trabalhávamos, apercebo-me, a certa altura, da semelhança entre o que lhes peço e o próprio trabalho que desenvolvo com eles, procurando também eu compreender os seus limites e potencialidades, e com eles avançar. Surge então a questão: será possível e/ou legítimo encarar os alunos como um material? E, nesse caso, poderá a docência ser também um exercício de criação? This report presents and discusses the work developed with a 11th year class of Visual Arts, specifically in the context of the discipline of Drawing A. The proposed activity took place during the 1st and 2nd periods of the school year, normally during the first 10 minutes of each lesson. This work did not emerge from any previous planning, but its beginning, as well as its evolution, was always based on the observation of what was happening in class, as well as on a game between what was proposed and the way that it was appropriated by the students. Striving throughout the process to create strategies to awake the students' attention to the limits and potentialities of the materials we worked with, at a certain point I realised the similarity between, on one hand, what I was asking from them and, on the other, the work that I was developing with them. In both cases, the emphasis was put on trying to understand the limits and potentialities and to advance through them. The question then arises: is it possible and/or legitimate to regard the students as a material? And, if so, can teaching also be an exercise of creation? |