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As lesões vasculares poplíteas causadas pela cirurgia de substituição total do joelho (PTJ) são extremamente raras e o seu diagnóstico imagiológico pode ser comprometido pelos artefactos causados pela prótese. Numa era em que a intervenção endovascular domina o tratamento destas lesões, os autores apresentam um caso raro de uma doente que apresentou uma fístula arteriovenosa poplítea, após uma intervenção de PTJ, a qual foi tratada com sucesso por cirurgia convencional. O caso clínico relata uma doente referenciada à consulta externa de cirurgia vascular por queixas de dor e edema da perna esquerda, que surgiram 6 anos após uma intervenção de PTJ. A doente foi submetida a estudo imagiológico por ecodoppler arterial e venoso dos membros inferiores (MI), tomografia computadorizada angiográfica (angio TC) e angiografia digital de subtração, que demonstraram achados consistentes com uma fístula arteriovenosa poplítea. A doente foi submetida a exclusão de fístula por cirurgia convencional e, aos 12 meses de follow-up, mantém-se assintomática e sem evidência clínica e imagiológica de recidiva da fístula ou de outras complicações vasculares. Popliteal vascular lesions following total knee replacement surgery are extremely rare and its radiologic diagnosis may be compromised by the artefact caused by the prosthesis. In an era where the endovascular technique dominates the treatment of these lesions, the authors present a rare case report of a patient presenting with a popliteal arteriovenous fistula, following total knee replacement surgery, who was successfully treated by conventional surgery. The case report refers to a female patient who presented to the Vascular Surgery office complaining of left leg pain and swelling, six years after a total left knee replacement surgery. The patient was studied with arterial and venous lower limb doppler ultrasonography, angiographic computerized tomography and digital subtraction angiography, which demonstrated findings consistent with a popliteal arteriovenous fistula. The patient was then submitted to exclusion of this fistula by conventional surgery. At 12 months follow-up, the patient remained free of symptoms and of arteriovenous fistula recurrence, as well as of other vascular complications. |