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Resumo: O processo de triangulação da pesquisa qualitativa desenvolvido por Tuzzo e Braga (2016) adota um raciocínio teórico-metodológico para explicar que a triangulação em pesquisa qualitativa pode ser compreendida de outra maneira. A proposta multimétodos inicialmente elaborada pelos pesquisadores se concretiza a partir da definição do objeto, do sujeito e do fenômeno, sugerindo, no estudo originalmente desenvolvido pelos autores, que os vértices da triangulação são na verdade novos níveis de investigação. À luz da revolução digital, e do avanço da internet, sobretudo a partir das plataformas de mídias sociais digitais, este artigo apresenta um novo olhar sobre o metafenômeno e sua gênese no processo de triangulação, propiciando novas perspectivas sobre a pesquisa qualitativa, de tal forma que o sujeito e o objeto da pesquisa foram substancialmente modificados em função da mudança ocorrida nos fenômenos, cuja mudança em última instância ocorreu em sua gênese, ou seja, mudanças nos fatos e ou elementos que contribuíram para produzir os fenômenos. Deste modo a possibilidade da triangulação mesmo em se tratando da mesma perspectiva - qualitativa - parece ser uma abordagem que se sustenta e faz sentido à medida que oferece ao pesquisador olhares múltiplos e diferentes do mesmo lugar de fala. Essa reflexão se fortalece mostrando que a triangulação pode se realizar na mesma modalidade de pesquisa - qualitativa, que agora se amplia e pode ocorrer de duas formas: físico ou digital. Como um fenômeno é apenas parte dos diversos fenômenos que compõem a categoria metafenômeno, eleger um fenômeno, um objeto e um sujeito e escolher o modo (físico / digital) explica e possibilita a realização da pesquisa qualitativa a partir da perspectiva do metafenômeno. É nele que se origina a possibilidade de múltiplas pesquisas, é nele que se compreende a complexidade de pesquisas, é ele a gênese de todo o processo de investigação. |