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Introdução O processo de avaliação formativa nas escolas médicas envolve o professor na observação direta do desempenho do estudante. Esta avaliação gera desconforto e angústia para alguns professores, na tentativa de serem justos e imparciais. Este trabalho tem por objetivos identificar as dificuldades na avaliação dos estudantes de Medicina, conhecer os sentimentos, conceitos e crenças dos professores frente ao processo e identificar os fatores que dificultam e facilitam esta avaliação. Método Foram conduzidos três Grupos Focais com professores do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais estratificados por tempo de docência e classificados quanto a gênero, titulação e categoria funcional. As reuniões tiveram uma moderadora auxiliada pelo pesquisador, duraram entre 90 e 120 minutos e terminaram quando ocorreu a saturação do tema. Toda a discussão foi transcrita e rendeu 118 páginas, que foram submetidas à análise de conteúdo. Resultados O discurso foi categorizado em cinco grandes temas: dificuldade da avaliação de habilidade clínica e atitudes; relação professor-aluno; sentimentos vivenciados pelos docentes durante a avaliação; fatores facilitadores; necessidade de mudanças. Conclusões Os docentes sentem falta de objetivos bem definidos e instrumentos avaliativos específicos. Reconhecem a necessidade de melhores conhecimentos pedagógicos e considera a avaliação formativa uma situação solitária, com pouco respaldo da instituição. Introduction The student assessment process in medical schools involves the teacher’s direct observation of student performance. This evaluation causes distress and discomfort to some teachers in their attempt to be fair and impartial during feedback. This study aims to understand the feelings, concepts, and teachers’ beliefs regarding the process of subjective assessment of students and to identify the factors that both hinder and facilitate this evaluation. Method Three focus groups were formed with teachers from the Federal University of Minas Gerais School of Medicine, Department of Pediatrics, stratified by years of teaching and classified by gender, title, and functional category. The meetings had a moderator helped by the researcher, lasted between 90 and 120 minutes and finished when themes were exhausted. All discussions were transcribed, yielding 118 pages that were subjected to content analysis. Results Discourse was categorized into five major themes: the difficulty of assessing clinical skills and attitudes, the teacher/student relationship, feelings experienced by teachers during assessment, facilitating factors and need for change. Conclusions Teachers lack well-defined objectives and specific assessment tools. They recognize the need for better pedagogical knowledge and consider the act of evaluating an isolated task with very little support from the institution. |