Exposição ao mercúrio e ao arsênio em Estados da Amazônia: síntese dos estudos do Instituto Evandro Chagas/FUNASA

Autor: Elisabeth Conceição de Oliveira Santos, Iracina Maura de Jesus, Gregório Carrera Sá Filho, Artur S. Mascarenhas, Edilson da Silva Brabo, Antônio Marcos Mota Miranda, Alexandre Pessoa da Silva, Volney de Magalhães Câmara, Lena L. Canto de Sá, Marcelo de Oliveira Lima, Kleber Freitas Fayal
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2003
Předmět:
Zdroj: Revista Brasileira de Epidemiologia v.6 n.2 2003
Revista brasileira de epidemiologia
Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)
instacron:ABRASCO
Revista Brasileira de Epidemiologia, Volume: 6, Issue: 2, Pages: 171-185, Published: JUN 2003
Popis: Este artigo é uma revisão das pesquisas da Seção de Meio Ambiente do Instituto Evandro Chagas/FUNASA sobre exposição ao mercúrio (Hg) no vale do rio Tapajós e Estado do Acre, e exposição ao arsênio (As) através de resíduos da exploração de manganês (Mn) realizada pela ICOMI deixados no Porto de Santana-AP. Em relação ao mercúrio, têm sido pesquisadas populações sob risco através da via respiratória ou alimentar. No primeiro caso, os trabalhadores de casas de compra e venda de ouro têm apresentado teores mais elevados de Hg em urina do que os garimpeiros estudados. No segundo caso, as populações ribeirinhas têm mostrado níveis diferenciados de exposição (Hg em cabelo). Comunidades ribeirinhas situadas em áreas não afetadas pelo mercúrio da garimpagem e com hábitos alimentares semelhantes às de área de risco têm sido avaliadas, visando a construção de parâmetros de normalidade regional. São também pesquisados os teores de Hg em materiais ambientais e na biota aquática. Os estudos de saúde humana e ambiente na cidade de Santana-AP objetivaram avaliar as fontes e possíveis vias de exposição da população da comunidade do Elesbão ao arsênio. Verificou-se a existência de fonte de risco através dos rejeitos de Mn, porém os níveis de As na água consumida pela população mostraram-se dentro dos parâmetros de normalidade. As médias encontradas em sangue e cabelo coincidem com médias de normalidade referidas na literatura, em populações não expostas, e as associações entre variáveis epidemiológicas, avaliação clínico-laboratorial e os teores de arsênio não mostraram significância estatística. This article is a review of the studies carried out by Environmental Section of the Evandro Chagas Institute/FUNASA on mercury (Hg) exposure in the Tapajós river basin, and arsenic exposure (As) due to residues of the manganese (Mn) exploration, performed by ICOMI and left at the port of Santana-AP. Regarding mercury exposure, the populations under respiratory or ingestion risk have been studied. In the first case, gold shop workers have been showing higher Hg levels in urine than gold miners. In the second case, riverine populations have been showing differentiated exposure levels (Hg in hair). Riverine communities from areas not affected by gold mining mercury and with similar dietary habits to those of a risk area are studied seeking to establish what the normal parameters for the region area. Levels of Hg in environmental materials and in the aquatic biota were also studied. The studies of human and environmental health in the city of Santana-AP were carried out to evaluate sources and possible exposure routes of the Elesbão community to Arsenic. The existence of a risk source for As was verified through Mn wastes, although the As levels in the water consumed by the population were within normal standards. The averages found in blood and hair match normal averages found in the literature in non-exposed population, and the statistical associations between epidemiological variables, clinical evaluation, laboratorial results and arsenic levels were not significant.
Databáze: OpenAIRE