Consistência comportamental, diferenças sexuais e relacionadas ao período do dia nas defesas do opilião Mischonyx cuspidatus
Autor: | Júlio do Monte Gonzalez de Segovia |
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Přispěvatelé: | Rodrigo Hirata Willemart, Cibele Biondo, Regina Helena Ferraz Macedo, Patricia Izar Mauro, Laura Carolina Leal de Sousa |
Rok vydání: | 2019 |
Zdroj: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
Popis: | As interações entre presas e predadores possuem um papel fundamental na evolução das espécies. Para as presas em particular, uma falha na interação com um predador pode representar a morte e, consequentemente, os genes desta presa provavelmente não estariam representados em gerações futuras. Devido à essa forte pressão seletiva imposta pelos predadores, as presas evoluíram diversas estratégias defensivas. As defesas podem atuar dificultando que os predadores detectem a presas (e.g. anacorese e a cripsia) ou após os predadores estarem muito próximos ou mesmo terem atacado às presas. Tais defesas incluem a retaliação (tanto mecânica como química) e o comportamento de tanatose. Todas estas defesas mencionadas anteriormente foram propostas para opiliões. Portanto, opiliões são potencialmente bons modelos para estudar a evolução das estratégias defensivas. Nesta tese, adotamos o opilião Mischonyx cuspidatus como modelo experimental. No capítulo 1, testamos se M. cuspidatus são consistentes nos níveis de ousadia (propensão em se exporem ao risco, medido neste trabalho pelo tempo em tanatose e em freezing) e se a ousadia é influenciada pelo jejum. Encontramos que a ousadia é consistente, mas não detectamos efeitos do jejum. No capítulo 2, testamos se existem diferenças sexuais nas defesas de M. cuspidatus. Considerando o dimorfismo sexual presente nesses animais (machos possuem estruturas pontiagudas no último par de pernas que são utilizadas retaliação, mas as fêmeas não), testamos as seguintes predições i) machos dependeriam mais de defesas mecânicas do que fêmeas e ii) fêmeas dependeriam de outras formas de defesa, como defesas químicas e defesas passivas. Encontramos que os machos respondem com retaliação mecânica mais frequentemente do que as fêmeas e as fêmeas realizam tanatose mais frequentemente do que os machos. Não encontramos diferenças na frequência de uso de defesas químicas. No capítulo 3, testamos se há diferenças entre os períodos diurno e noturno na realização do 466 comportamento de tanatose em fêmeas de M. cuspidatus. Prevemos que as fêmeas realizariam tanatose mais frequentemente durante o dia. Assim, poderiam potencialmente evitar que fossem detectadas por predadores visuais. Conforme esperado, encontramos que fêmeas realizam tanatose mais frequentemente durante o dia do que à noite. Os resultados que obtivemos nesta tese contribuem para o conhecimento da evolução das estratégias defensivas, bem como fornece resultados que podem ser um passo inicial para o entendimento da consistência comportamental em opiliões e suas implicações para este táxon Prey-predator interactions play a major role in species evolution. Failing in an interaction with a predator may represent death for prey. Consequently, prey´s genes would not be represented in the future generations. In response to the strong selective pressures imposed by predators, prey have evolved several defensive strategies. Prey defenses may hinder detection by predators (e.g. anachoresis and crypsis). Other defensive strategies may play a role after predators are in close-range or already attacked the prey, for example retaliation (both mechanical and chemical) and thanatosis. All the aforementioned defenses have been described to harvestmen. Thus, harvestmen are potentially good models to study the evolution of defensive strategies. In this thesis, we used the harvestman Mischonyx cuspidatus as our experimental model. In the first chapter, we tested if individuals of M. cuspidatus are consistent in boldness levels (propensity to take risks, herein measured by the time spent performing thanatosis and freezing). We also tested if boldness is influenced by starvation. We found that M. cuspidatus behaved consistently regarding boldness, but we did not find any effect of starvation. In the second chapter, we looked for sexual differences in defensive behavior of M. cuspidatus. Taking into account the sexually dimorphic characters of this species (males have sharp structures in the fourth pair of legs, but females do not) we tested the following predictions i) males would rely more upon mechanical defenses than females and ii) females would rely more on other kinds of defenses, such as chemical and passive defenses than males. We found that males performed mechanical retaliation more often than females and females performed thanatosis more often than males. We did not find any sexual difference with respect to chemical defense. In the third chapter we tested if there are differences in the frequency of thanatosis performed by females of M. cuspidatus between the periods of night and day. By performing thanatosis more often during the day, females of M. cuspidatus might be able to avoid being detected by visual predators. As expected, females performed thanatosis more often during the day than at night. Taken together, our results contribute to the understanding of the evolution of defensive strategies, as well as provide results that might be a first step to address new questions about behavioral consistency in harvestmen and their implications in this group |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |