Resistência a acetamiprido de Lipaphis pseudobrassicae ( Davis) (Hemipetra: Aphididae) resistentes e suscetíveis ao parasitoide Diaeretiella rapae (McIntosh) (Hymenoptera: Braconidae, Aphidiinae)

Autor: Paula de Freitas Silva
Přispěvatelé: Sampaio, Marcus Vinicius, Celoto, Fernando Juari, Silva, Sérgio Macedo, Maia, Jader Braga
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFU
Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
instacron:UFU
DOI: 10.14393/ufu.di.2016.638
Popis: CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico FAPEMIG - Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais INCT-Hympar Sudeste - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Hymenoptera Parasitoides da Região Sudeste Brasileira O pulgão Lipaphis pseudobrassicae (Davis) tem apresentado baixo parasitismo por Diaeretiella rapae (Mc’Intosh) na região de Uberlândia, provavelmente pela associação com endossimbiontes secundários. Esses simbiontes podem conferir vantagens adaptativas aos pulgões, como o aumento da resistência aos parasitoides e ao calor. Além disso, os simbiontes podem aumentar a produção do citocromo P450, principal enzima responsável pela degradação de inseticidas. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a relação da resistência de L. pseudobrassicae ao parasitoide D. rapae com a resistência ao inseticida acetamiprido, a fim de verificar se a resistência ao parasitoide pode aumentar a resistência ao inseticida. Para isso, a dose letal de acetamiprido para matar 50% dos indivíduos (DL50) e a fecundidade dos insetos submetidos à aplicação do inseticida foram avaliadas para pulgões resistentes e suscetíveis ao parasitoide. Foram utilizados quatro grupos de L. pseudobrassicae coletados em Uberlândia, MG. Os dois primeiros foram formados, respectivamente, por indivíduos de um mesmo clone (C1), resistentes (C1R) e suscetíveis (C1S) ao parasitoide. O terceiro grupo foi formado por indivíduos resistentes ao parasitoide de um clone coletado em canola (C2R) e o quarto grupo, por sua vez, foi formado por indivíduos de uma população proveniente de lavoura comercial de couve (P1). Para a determinação da DL50, 30 indivíduos de cada grupo de pulgões, separados em três repetições de 10 insetos, foram submetidos a ensaios do tipo dose-resposta, com a aplicação de cinco concentrações do inseticida acetamiprido (0.01, 0.1, 1, 10 e 100 ng. i.a/pulgão), além de um tratamento controle utilizando apenas acetona. Foram observadas a mortalidade e o número de ninfas produzidas 72 horas após a aplicação do produto e determinada a DL50. Não houve diferença para a DL50 dos indivíduos do mesmo clone, e C1R e C1S (0,06 e 0,06 ng. ia./pulgão, respectivamente). O clone C2R foi o que apresentou a maior DL50 (0,14 ng.i.a./pulgão) e P1 a menor (0,01 ng.i.a./pulgão). De maneira análoga, a fecundidade do clone C2R foi a maior, de P1 a menor e os indivíduos do mesmo clone C1 não apresentaram diferença no número de ninfas produzidas. Portanto, não se pode afirmar que a resistência ao parasitoide está associada à resistência ao inseticida, e o controle químico com acetamiprido é uma opção para o controle de L. pseudobrassicae resistente ao parasitoide D. rapae. The aphid Lipaphis pseudobrassicae (Davis) has been shown low parasitism to parasitoid Diaeretiella rapae (Mc’Intosh) in Uberlândia region, probably due to secondary endosymbionts association. These symbionts can provide adaptive advantages to aphids such as increased resistance to parasitoids and heat. Moreover, symbionts can increase the production of cytochrome P450, which is the main enzyme on degradation of insecticides. Therefore, the objective of this study was to evaluate the resistance relationship of L. pseudobrassicae to the parasitoid D. rapae with the resistance to acetaprimid insecticide. This was done in order to verify if the resistance to parasitoid can increase the resistance to insecticide. To do so, the lethal dose of acetamiprid to kill 50% of the individuals (LD50 ) and the fecundity of the insects submitted to insecticide application were evaluated for aphids resistant and susceptible to parasitoid. We used four groups of L. pseudobrassicae collected in Uberlândia, MG. The first two groups were formed, respectively, by individuals of the same clone (C1), resistant (C1R) and susceptible (CIS) to parasitoid. The third group was formed by resistant individuals of a clone collected in canola (C2R) and the fourth group was formed by individuals from a population of commercial farming of cabbage (P1). To determine the LD50 we used 30 individuals of each aphid group, separated in three repetitions of 10 insects, which were submitted to dose-response trials with five concentration of acetaprimid insecticide (0.01, 0.1, 1, 10 and 100 ng. i.a/aphid). Besides, a control treatment using only acetone was done. The mortality and the number of nymphs produced 72 hours after the product application were observed and the LD50 was determined. There was no difference to LD50 for individuals of the same clone, C1R and C1S (0,06 e 0,06 ng. ia./aphid, respectively). The clone C2R showed the highest LD50 (0,14 ng. i.a/aphid) and P1 had the lowest (0,01 ng. i.a/aphid). Analogously, fecundity of C2R clones was the highest one while P1 had the lowest. The individuals of the same clone C1 did not show any difference on the number of nymphs produced. Thus, it cannot be assumed that resistance to the parasitoid is associated with resistance to the insecticide and the chemical control with acetaprimid is an option for controlling L. pseudobrassicae resistant to parasitoid D. rapae. Dissertação (Mestrado)
Databáze: OpenAIRE