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Indaga Miguel Arroyo (2017): quais os rumos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) se continuarmos a pensar os seus sujeitos fora do circuito pedagógico dessa modalidade/nível educativa? Quem são, afinal, esses sujeitos que se deslocam pelas cidades e campos, num trajeto trabalho-estudo diariamente? O que perseguem, pretendem e como se veem nesse processo? O que trazem na bagagem? Quais suas identidades coletivas de classe, gênero, sexo? E, principalmente, qual tomada de ação será desprendida face a essas respostas que virão quando, enfim, forem ouvidas?Diversos questionamentos surgem como norteadores dos textos arrolados em “Passageiros da noite: do trabalho para a EJA – itinerários pelo direito a uma vida justa”, de 294 p.; tais questões são os norteamentos para a construção do pensamento do autor que, mediante metodologia de estudo baseada na dialética histórico-crítica, perfaz um caminho preciso de pôr em suspenso à educação sistêmica para os que estão à margem do sistema. Objetiva, destarte, captar a soma das experiências dos sujeitos envolvidos na EJA, possibilitando delimitar os conhecimentos próprios da identidade coletiva desses que sugerem uma pedagogia radical, a saber, a que milita na fronteira da humanização-desumanização. Para tanto, Arroyo agrupa dez temas geradores possíveis de serem tratados nesse processo, que surgem, indubitavelmente, de questionamentos pertinentes à realidade dos educandos e educadores. |