SABERES, FORMAÇÃO, PROFISSIONALIZAÇÃO OU 'NOTÓRIO SABER': O QUE É PRECISO PARA SER PROFESSOR?

Autor: António Oliveira, Sonia Maria Soares de Oliveira, Fátima Maria Leitão Araújo
Rok vydání: 2018
Předmět:
Zdroj: Revista Expressão Católica, Vol 6, Iss 1, Pp 78-84 (2018)
Revista Expressão Católica; v. 6, n. 1 (2017): Revista Expressão Católica; 78-84
Revista Expressão Católica
Centro Universitário Católica de Quixadá (Unicatólica)
instacron:Unicatólica
ISSN: 2357-8483
2237-8782
DOI: 10.25190/rec.v6i1.2158
Popis: O presente artigo tem como objetivo principal: refletir sobre o processo formativo e os saberes necessários para a constituição da profissão docente. As pesquisas no campo da educação têm demonstrado que a atuação dos professores não se restringe à vocação e nem ao domínio de um conjunto de técnicas aprendidas em um curso de formação, mas sim a uma trama de extrema complexidade. Tendo em vista a relevância dessa temática, empreendemos uma pesquisa de cunho bibliográfico, ancorada em teóricos como Nóvoa (1995), Gauthier (1998), Veiga (2008), Tardif (2012), dentre outros, por possuírem relevantes estudos sobre essa temática. Os resultados nos mostraram que as pesquisas sobre a formação docente levam em conta a complexidade dos processos formativos e a constituição de seus saberes específicos. Contudo, na contramão das pesquisas e das atuais tendências, o atual governo brasileiro, em seu “pacote” de reformas para a educação, propõe o “notório saber”, onde para exercer o magistério bastaria a comprovação de um conhecimento de nível superior sobre determinada área, não sendo necessária a formação em nível de licenciatura para ser professor. O pressuposto da flexibilização do ingresso na carreira docente foi confirmada por meio da Lei 13.415/2017, que acrescentou ao art. 61 da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) as questões relativas ao “notório saber”. Mesmo se restringindo ao ensino técnico, sua existência torna-se preocupante, pois abre precedentes para que essa prática se estenda às demais áreas de ensino. Por isso, concluímos que situações dessa natureza corroboram para descaracterizar a docência como profissão.
Databáze: OpenAIRE