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O estado do Rio Grande do Sul, por estar situado na porção mais meridional da região, apresenta clima do tipo subtropical, com duas variantes (verões quentes ou brandos). Tais condições de clima e relevo estão sujeitas a ocorrência de ondas de calor no período do verão, que se estende de dezembro a março. Segundo Araújo (1930), para se caracterizar uma onda de calor deve haver um período mínimo de 3 dias consecutivos, com temperaturas acima da normal climatológica de uma determinada região. Segundo Mcgeehin (2001), as principais vítimas do calor excessivo decorrente das ondas de calor são crianças e idosos, pessoas com maior vulnerabilidade socioeconômica, submetidas a algum tipo de medicação/acamados, ou que vivam em áreas urbanas. Segundo Laaidi et al. (2001), o impacto causado por uma onda de calor em uma população vulnerável em locais urbanos pode levar a algum risco de morte. Atualmente, tem-se desenvolvido estudos relacionando Conforto Térmico Humano (CTH) a variáveis meteorológicas. Segundo Fagner (1970), CTH é caracterizado quando a energia produzida pelo organismo humano é igual ao que é perdido por este corpo para o meio externo, variando de indivíduo para indivíduo. O objetivo deste estudo é aplicar o índice de conforto térmico humano Humidex (HU) e o Índice de Calor Index ou Heat Index (HI) nos casos mais intensos identificados por Nascimento et al. (2016), utilizando dados de temperatura máxima diária e umidade relativa do ar obtidas nas estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Resultados mostraram que 92,5% dos casos apresentaram tardes com sensação de Muito Calor e 7,4% apresentaram sensação de Calor, segundo os índices utilizados. |