Azul de metileno no tratamento da síndrome vasoplégica em cirurgia cardíaca: quinze anos de perguntas, respostas, dúvidas e certezas

Autor: Paulo José de Freitas Ribeiro, Patricia Martinez Évora, Lafaiete Alves Junior, Paulo Roberto Barbosa Evora, Walter Vilella de Andrade Vicente, Antonio Carlos Menardi, Alfredo José Rodrigues, Celso Luis dos Reis, Solange Bassetto
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2009
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery, Volume: 24, Issue: 3, Pages: 279-288, Published: SEP 2009
Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery v.24 n.3 2009
Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery
Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)
instacron:SBCCV
Popis: OBJECTIVE: There is strong evidence that methylene blue (MB), an inhibitor of guanylate cyclase, is an excellent therapeutic option for vasoplegic syndrome (VS) treatment in heart surgery. The aim of this article is to review the MB's therapeutic function in the vasoplegic syndrome treatment. METHODS: Fifteen years of literature review. RESULTS: 1) Heparin and ACE inhibitors are risk factors; 2) In the recommended doses it is safe (the lethal dose is 40 mg/kg); 3) The use of MB does not cause endothelial dysfunction; 4) The MB effect appears in cases of nitric oxide (NO) up-regulation; 5) MB is not a vasoconstrictor, by blocking of the GMPc system it releases the AMPc system, facilitating the norepinephrine vasoconstrictor effect; 6) The most used dosage is 2 mg/kg as IV bolus followed by the same continuous infusion because plasmatic concentrations strongly decays in the first 40 minutes; 7) There is a possible "window of opportunity" for the MB's effectiveness. CONCLUSIONS: Although there are no definitive multicentric studies, the MB used to treat heart surgery VS, at the present time, is the best, safest and cheapest option, being a Brazilian contribution for the heart surgery OBJETIVO: Existem fortes evidências de que o azul de metileno (AM), um inibidor da guanilato ciclase, é uma excelente opção terapêutica para o tratamento da síndrome vasoplégica (SV) em cirurgia cardíaca. O objetivo deste artigo é rever o papel terapêutico do AM no tratamento da SV. MÉTODOS: Revisão da literatura em período de 15 anos. RESULTADOS: 1) A heparina e inibidores da ECA são fatores de risco; 2) Nas doses preconizadas é droga segura (a dose letal é de 40 mg/kg); 3) O AM não causa disfunção endotelial; 4) O efeito do AM só aparece em caso de supra-regulação de óxido nítrico (NO); 5) O AM não é um vasoconstritor, pelo bloqueio do sistema GMPc ele "libera" o sistema AMPc, facilitando o efeito vasoconstritor da noradrenalina; 6) A dosagem mais utilizada é 2 mg/kg em bolus endovenosa, seguida de infusão contínua, pois a concentração plasmática decai acentuadamente nos primeiros 40 minutos; 7) Existe possível "janela de oportunidade" para efetividade do AM. CONCLUSÃO: Embora não existam estudos multicêntricos definitivos, a utilização do AM no tratamento da SV em cirurgia cardíaca é, na atualidade, a melhor, mais segura e barata opção, sendo contribuição brasileira
Databáze: OpenAIRE