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De acordo com dados do Ministério da Saúde de 2020, em torno de 1,6% da população brasileira é doadora de sangue, abaixo do índice recomendado pela OMS. A conquista de novos doadores frequentes é fundamental para a manutenção dos estoques de sangue nos hemocentros, principalmente no contexto atual pandêmico. Visando esclarecer a compreensão dos alunos ingressantes do curso de medicina da UFRJ frente à necessidade da doação de sangue, dois questionários foram elaborados pela Liga Acadêmica de Hematologia e Oncologia da UFRJ a partir da plataforma online Google Forms. Os questionários foram divulgados por redes sociais. O primeiro, composto por 18 questões e o segundo por 11, elucidaram os conhecimentos sobre o tema e a iniciativa para doação. Entre os questionários, os alunos foram expostos a uma aula teórica sobre a importância da doação de sangue, ministrada pelo Hematologista Tiago Barros pela plataforma Google Meets. Os alunos respondedores foram convidados a participar de gincana solidária, uma atividade de promoção de doação entre amigos e familiares dos alunos ingressantes. Para a validação na gincana, o doador posta uma foto na rede social Instagram, marcando a conta da Liga, recebendo pontos. Os 3 alunos com maiores pontuações ganham acessórios da faculdade, cedidos pelas entidades da Faculdade de Medicina. Entre os 54 alunos presentes, 44 responderam o primeiro questionário e 46 o segundo. Dos 44 respondedores do pré-questionário, 50% eram homens, 88,6%, da faixa etária de 18 a 21 anos e 77,3% nunca doaram sangue. Desses, 34,1% nunca pensaram ou se sentiram motivados a doar e 15,9% afirmam ter alguma contraindicação. 22,1% declararam ser 5 em 5 a probabilidade de doarem sangue nos próximos 30 dias. 52,3 % afirmaram ser 5 em 5 sua aptidão para conversar com outras pessoas sobre doação de sangue, 13,6% acreditavam que com uma doação era possível salvar uma vida e 25% acreditavam ser possível salvar quatro vidas. 29,5% acertaram o tempo mínimo entre doações de sangue. 77,3% acertaram quais doenças eram testadas em bolsa de doação. 75% acertaram a alternativa que indicava o paciente não apto a doar sangue. 56,6% acertaram a principal causa de mal estar relacionado à doação. Dos 40 respondedores do pós-questionário, 34,7% afirmam ser 5 em 5 a probabilidade de doarem sangue nos próximos 30 dias e 59,2%, 5 em 5 a aptidão em conversar com outros sobre doação de sangue. 77,6% responderam que até 4 vidas podem ser salvas com uma doação. 89,8% acertaram o tempo mínimo entre doações, 93,9% quais doenças eram testadas em uma bolsa. 85,7% acertaram a alternativa que indicava o paciente não apto a doar, 79,6% para a principal causa de mal estar relacionada à doação. 98% consideram ser 5 em 5 a importância de uma campanha como essa na Faculdade. A pesquisa expôs a desinformação parcial entre os ingressantes do curso sobre o tema proposto, percebemos, entretanto, aumento expressivo dos acertos após a aula teórica, evidenciando o benefício da palestra. Ademais, notamos um crescimento no incentivo dos alunos na doação voluntária após o encontro, embora uma parte tenha se mantido indecisa. Portanto, fica claro a importância da elaboração de projetos que visam aumentar as doações entre estudantes de medicina, por meio da propagação de informação a respeito do ato entre os alunos. |