Autor: |
Carlos Eduardo de Mesquita Barros, Marcell Leonard Besser, Eleonora Maria Gouvêa Vasconcellos |
Rok vydání: |
2022 |
Předmět: |
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Zdroj: |
Boletim Paranaense de Geociências. 80 |
ISSN: |
0067-964X |
DOI: |
10.5380/geo.v80i2.88975 |
Popis: |
A Folha Rio Bacajá tem 3000 km2 e se localiza a sul da rodovia transamazônica e a leste do rio Xingu, no contexto do Domínio Bacajá de idade predominante paleoproterozoica. As rochas arqueanas que ocorrem nesta área pertencem ao Complexo Aruanã e são representadas por anfibolitos e gnaisses graníticos na sua parte nordeste e metagranitoides na sua parte leste. Os anfibolitos são formalizados neste trabalho como nova unidade litoestratigráfica (Anfibolito Armezinho) e se distinguem pela presença de poiquiloblastos de plagioclásio de tendência hexagonal. Muito provavelmente a formação destes poiquiloblastos esteja relacionada a mecanismos de redução da área limite de grãos em condições de metamorfismo estático de natureza termal e de fácies hornblenda hornfels. Os ortognaisses da parte nordeste são sienograníticos e monzograníticos, podem ser porfiroclásticos e exibem duas foliações. A foliação mais antiga, de idade possivelmente arqueana, foi dobrada ou transposta por zonas miloníticas de direção N60W que seguem as estruturas regionais da orogenia riaciana. A recristalização dinâmica de feldspatos e a formação de novos grãos de quartzo por rotação de subgrãos permitem estimar temperaturas superiores a 450°C para a deformação milonítica. Os dados químicos sugerem de modo preliminar que estes ortognaisses têm assinatura semelhante à de granitoides de arco magmático. A datação de cristais de zircão dos ortognaisses graníticos pelo método de evaporação de Pb forneceu uma idade de 2586 Ma, a qual deve ser interpretada como um valor mínimo para a cristalização dos protólitos. |
Databáze: |
OpenAIRE |
Externí odkaz: |
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