A importância da musicoterapia no tratamento e prognóstico da demência na doença de Alzheimer em pacientes idosos

Autor: Santos, Doralina Cristina Vieira, Lobato, Júlia Lacerda, Evaristo, Jéssica de Jesus Simões, Lara, Luísa Lopes Prata, Melo, Giovanna Prata Silva, Castro, Ellen Ferreira, Lima, Gabriela Silveira Anatólio, Vitor, Fernanda de Paula
Rok vydání: 2022
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Health Review; Vol. 5 No. 4 (2022); 14225-14235
Brazilian Journal of Health Review; v. 5 n. 4 (2022); 14225-14235
Brazilian Journal of Health Review
Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
instacron:BJRH
ISSN: 2595-6825
Popis: Introdução: A Doença de Alzheimer (DA) é a causa mais frequente de demência e caracteriza-se por uma deterioração gradual e irreversível das funções cognitivas. Seu diagnóstico é realizado quando há indícios de mutação genética causadora dessa doença, dados por história familiar ou teste genético, além de sinais claros de decréscimo da memória e da aprendizagem. No que concerne ao tratamento, os principais fármacos baseiam-se nas hipóteses etiológicas da doença, de modo que são utilizados inibidores da acetilcolinesterase. Apesar dos efeitos benéficos da intervenção farmacológica, atualmente, não existe tratamento que impeça o avanço da doença, sendo questionável sua eficácia para alguns pacientes. Essa situação impulsionou o aparecimento de estudos baseados em terapias não-farmacológicas, as quais possuem como princípio intervenções psicossociais, que melhoram os sintomas cognitivos e comportamentais, atuando como otimizadoras dos tratamentos medicamentosos tradicionais. Portanto, este estudo visa descrever a importância e a eficiência da utilização da musicoterapia na vida de pacientes com Alzheimer. Metodologia: Artigo desenvolvido com base na literatura consultada nos bancos de dados Pubmed, Scielo e Lilacs. Foram incluídos artigos entre 2012 e 2022, que tratavam diretamente do assunto. Os descritores utilizadas foram “Alzheimer”, “Musicoterapia”, “Demência na doença de Alzheimer”, “Music therapy and Alzheimer”. Após avaliação dos critérios de inclusão, o embasamento teórico da discussão foi desenvolvido por meio de 19 artigos selecionados dentre todos os encontrados. Discussão: O avanço das Neurociências possibilitou uma maior compreensão sobre a relação entre música e sistema nervoso. A percepção do som envolve uma série de estruturas cerebrais, tais como áreas do córtex e áreas do sistema límbico. Essas áreas são envolvidas na percepção musical desde a percepção auditiva do som. Tanto a percepção primária do som quanto seu entendimento são modulados pela experiência emocional de ouvir música. A percepção pode estar preservada na demência e a presença da música pode recrutar atividade motora ou recuperação da memória. Isso ocorre tanto pela capacidade da música com ritmo regular, que ativa os sistemas motor e linguagem, como por meio da associação das palavras de uma canção e o efeito emocional evocado pela música poder minimizar a apraxia verbal decorrente do estresse. Conclusão: A musicoterapia frente aos fármacos tradicionais é uma alternativa para o tratamento de Alzheimer. É notória a sua importância, pois melhora o humor dos pacientes, atua na cognição e minimiza os efeitos da demência, o que torna essa terapia uma alternativa eficaz, devido ao baixo custo e a inexistência de efeitos colaterais. Contudo, mesmo com as pesquisas realizadas, ainda existem aspectos a serem aprofundados.
Databáze: OpenAIRE