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Introdução: A pandemia de COVID-19 mudou drasticamente a rotina de trabalho dos profissionais de saúde, acarretando sobrecarga de atendimento, esgotamento físico e alterações significativas na saúde mental. Objetivo: Investigar o estresse ocupacional entre profissionais de enfermagem durante a pandemia de COVID-19 no Brasil. Métodos: Estudo transversal realizado através de um questionário online anônimo. A coleta de dados ocorreu por meio das mídias sociais Facebook, WhatsApp, Instagram e e-mail. Nós analisamos as associações entre o desfecho de interesse e as variáveis independentes através do cálculo da razão de prevalência (RP) com intervalo de confiança (IC) de 95%. O teste de Cochran-Armitage foi utilizado para se averiguar o comportamento da RP conforme as diferentes categorias para as variáveis escolaridade, renda e nível de cuidado. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: De 2986 profissionais da enfermagem incluídos no presente estudo, 2704 (90,6%; IC 95% 89,5 – 91,6) relataram estresse ocupacional durante a pandemia de COVID-19. Um aumento na prevalência de estresse ocupacional foi observado conforme o aumento no nível de escolaridade (p < 0.001), renda (p < 0.001) e nível de cuidado (p < 0.001). Profissionais com mais de 20 anos de experiência profissional também relataram maiores níveis de estresse ocupacional. Conclusão: Nossos achados revelam uma prevalência de estresse ocupacional de aproximadamente 90%, sendo maior entre enfermeiros com maior nível de escolaridade, renda e quanto mais complexo o nível de atenção em que atua. |