PFNM e os Tupinambá do Acuípe: identificação e registro a partir do uso pela comunidade

Autor: Calline Chaves de Jesus, Silvia Kimo Costa
Rok vydání: 2021
Zdroj: Nature and Conservation. 14:52-65
ISSN: 2318-2881
DOI: 10.6008/cbpc2318-2881.2021.003.0004
Popis: Este artigo apresenta os resultados da pesquisa que objetivou identificar, registrar e descrever os produtos florestais não madeireiros (PFNM) a partir das indicações de uso pela comunidade indígena Tupinambá do Acuípe, localizada entre os municípios de Ilhéus e Una, no Litoral Sul do Estado da Bahia. O estudo contou com recursos do CNPq e apresenta aderência à área tecnológica IV – Desenvolvimento Sustentável, setor I - Cidades Inteligentes e Sustentáveis. As técnicas de Pesquisa utilizadas para coleta de dados foram: registro fotográfico e entrevista virtual com as/os membras/os da comunidade encarregadas/os pela coleta da matéria-prima e com as artesãs e artesãos. As espécies foram identificadas com base nos dados disponíveis na Plataforma Reflora (Herbário Virtual) e no SpeciesLink. Constatou-se que 15 espécies vêm sendo extraídas e predominantemente utilizadas para construção vernacular de edificações, confecção artesanal de utensílios domésticos e decorativos, e de elementos ritualísticos tais como vestimentas, biojóias e armas: Tucum (Astrocaryum sp.), Biriba (Eschweilera ovata), Piaçava (Attalea funifera), Cabaça (Lagenaria siceraria Curcubitaceae), Coco seco (Cocus nucifera), Taboa (Thypha domingensis), Mamica – de – porca (Zanthoxyloum rhoifolium), sementes de Fedegoso (Senna sp.), Açaí (Euterpe oleraceae), Olho de cabra (Ormosia arbórea), Olho de pavão (Adenanthera pavonina), Lágrima de Nossa Senhora (Coix lacryma-jobi/ Poaceae), Tapia (Mimusops coriacea A. DC.), Biri (Canna indica) e Coquinho – Licuri (Syagrus coronata). Alguns dos produtos florestais não madeireiros são comercializados e representam fonte de renda complementar para a comunidade.
Databáze: OpenAIRE