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Introdução: No final do ano de 2019 surgiu na China uma doença infectocontagiosa de característica respiratória e alto grau de disseminação até então desconhecida. No Brasil o primeiro caso de Covid-19 foi confirmado no final de fevereiro de 2020 e a primeira morte em meados de março. Segundo dados da plataforma Coronavírus Brasil, em 17 de março de 2021, houve registro de 11.603.535 casos confirmados e 282.127 óbitos. Objetivo: Descrever o perfil de pessoas que morreram tendo como causa básica do óbito a Covid-19, em um município do Sudoeste do Paraná, entre os anos de 2020 e 2021. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, documental de caráter quantitativo que foi realizado na prefeitura municipal de Francisco Beltrão. Resultados: Houve prevalência de óbitos em pacientes do sexo masculino, idosos, com presença de alguma comorbidade associada, sendo hipertensão a mais citada (50,8%). Os sintomas mais prevalentes foram tosse (74,4%), dispneia (56,3%) e saturação < 95% (48,3%), necessitando ainda de hospitalização em algum período da doença (94,1%), sendo os leitos de Sistema Único de Saúde os mais procurados (74,4%). Quanto à taxa de ocupação 49,6% dos casos necessitou apenas de leitos de enfermaria e 42% unidades de terapia intensiva. Discussão: Diversas pesquisas apontam que o sexo masculino é o mais acometido por condições graves de saúde, devido à demora na busca de assistência médica. No que se refere à idade, neste estudo, a prevalência de óbitos se deu entre 71 e 75 anos (15,1%) o que justifica que o envelhecimento é um fator de risco elevado para complicações da doença. Durante a análise dos dados, notou- se que grande parte dos pacientes que tiveram como desfecho o óbito, possuíam algum fator associado, dentre os mais citados, verificou-se a Hipertensão Arterial Sistêmica (50,8%) Diabetes Mellitus (24,8%), doenças cardiovasculares (23,9%) e obesidade (14,7%). No que diz respeito à hospitalização, nesse estudo notou-se que 74,4% da amostra foram hospitalizadas em leitos de SUS, 18,5% em hospitais particulares e 7,1% não possuíam essa informação. Conclusão: É possível observar a importância do estudo epidemiológico para identificar o perfil da população em risco, podendo auxiliar no planejamento do atendimento, rastreamento e controle da doença, além de conhecer a evolução da patologia, a fim de buscar ações adequadas para seu enfrentamento. |