ÁLCOOL E NEURODESENVOLVIMENTO: ASPECTOS GENÉTICOS E FARMACOLÓGICOS

Autor: José R. de O. Ferreira, Francisca Cléa Florenço de Souza, Marta Maria de França Fonteles, Glauce Socorro de Barros Viana, Deysi Viviana Tenazoa Wong, Silvânia Maria Mendes Vasconcelos
Rok vydání: 2008
Předmět:
Zdroj: Revista Eletrônica de Farmácia. 5
ISSN: 1808-0804
DOI: 10.5216/ref.v5i1.4609
Popis: O alcool, talvez, seja a droga mais antiga utilizada pela especie humana, havendo relatos de seus usos em varias civilizacoes antigas como Grecia e Egito. O alcoolismo e uma sindrome complexa que envolve fatores ambientais, sociais, psicologicos e geneticos, sendo observado em 10% dos homens e cerca de 3-5% das mulheres, 10% destas mulheres continuam a beber durante a gravidez. A Sindrome Alcoolica Fetal e uma condicao que ocorre somente observada em criancas de maes que beberam durante a gravidez, acarretando aos recem nascidos malformacao craniofacial, fisica e mental. O objetivo do trabalho foi realizar uma revisao de artigos envolvendo alcool e sistema nervoso central e suas implicacoes no neurodesenvolvimento, cognicao e novos alvos terapeuticos, bem como modelos experimentais utilizados no estudo de drogas com acao no Sistema Nervoso Central. Diversos estudos, trabalhando com modelos animais de exposicao pre-natal e pos-natal ao alcool, trazem resultados igualmente encontrados na Sindrome Alcoolica Fetal, como: deficits motores, aquisicao de informacao, formacao de memoria, dentre outros. Esses resultados confirmam os efeitos nocivos do alcool sobre o neurodesenvolvimento. Estudos com exposicao pos-natal obtiveram os mesmos resultados quanto ao deficit motor e uma diminuicao na neurogenese, bem como diminuicao nos niveis de receptores D1 e D2, possivelmente causada pelo aumento nos niveis de dopamina. Estudos que tentam vasculhar o genoma de pessoas cuja familia possui uma forte tendencia ao alcoolismo procuram explicacoes moleculares para a dependencia, trazendo consigo a descoberta de novos alvos farmacologicos que poderao agir de maneira sinergica com as vias ja descobertas (receptor opioide, aldeido desidrogenase, receptor GABA, Serotonina) ou serem mais eficazes e especificos. 10.5216/ref.v5i1.4609
Databáze: OpenAIRE