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O presente artigo tem como intuito analisar a técnica da escrita em conjunto na literatura policial através de dois romances nacionais: O homem das três cicatrizes e O mistério dos MMM, ambos organizados pelo jornalista João Condé, a partir da seguinte dinâmica: cada autor era responsável por um capítulo, que deveria dar sequência à narrativa do anterior. Considera-se essa forma de conceber uma história como um gesto inovador para o gênero detetivesco, haja vista que se criou, de certo modo, um jogo com os conceitos de autor - leitor - detetive, pois para escrever a sua parte, o escritor tinha que antes ler a de seu colega, bem como, buscar decifrar de forma mais precisa o mistério que vinha se construindo, em prol de escrever uma boa continuidade. Como os dois romances foram publicados primeiramente no jornal, também observamos os significados que ecoam dessa conexão, como a técnica do cliffhanger e o estilo narrativo mais sucinto/direto. Não obstante, destaca-se também que esse este trabalho é um resgate histórico-literário, uma vez que por não fazerem parte da obra principal de cada um dos autores do grupo, tais romances acabaram sendo esquecidos. |