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Resumo Objetivo O uso de reducao aberta e fixacao interna (RAFI) em lesoes pelvicas instaveis esta associado a hemorragia ampla, lesao neurovascular iatrogenica e infeccao. Alem disso, os parafusos sacroiliacos (SI) sao colocados as cegas − o procedimento e guiado principalmente pela palpacao e triagem radiologica bidimensional, o que exige especializacao. A complexa anatomia tridimensional da articulacao SI e sua proximidade com a estrutura neurovascular requerem o uso de uma tecnica segura e precisa. A estabilizacao da articulacao SI guiada por tomografia computadorizada (TC) permite uma avaliacao intraoperatoria precisa do posicionamento do parafuso. Este estudo demonstrou uma tecnica, guiada por TC, de reducao fechada e fixacao da articulacao SI com parafusos em fraturas pelvicas instaveis. Metodos Estudo de coorte retrospectivo, nao randomizado, feito em um hospital terciario. Seis pacientes com fraturas pelvicas instaveis foram operados. A borda anterior foi estabilizada primeiro por RAFI com placa nos aspectos superior e anterior da sinfise pubica. Entao, a estabilizacao posterior foi feita de forma percutânea, guiada por TC, com um parafuso esponjoso canulado de 7 mm. Resultados O tempo medio de cirurgia foi de 48 min (35‐90 min); a dose media efetiva de radiacao foi de 9,32 (4,97‐13,27) e o seguimento medio foi de 26 meses (6‐72 meses). Todos os pacientes apresentaram cura satisfatoria, com reducao quase anatomica e sem complicacoes, exceto em um caso em que a placa quebrou 61 meses apos a cirurgia, sem a necessidade de intervencao. O escore EVA medio no seguimento final foi de 1,8 e todos os pacientes retornaram as suas ocupacoes originais sem quaisquer limitacoes. Conclusao A estabilizacao da articulacao SI guiada por TC apresenta muitas vantagens, inclusive um posicionamento seguro e preciso do parafuso, reducao do tempo de cirurgia, diminuicao da perda de sangue, fixacao definitiva precoce, mobilizacao imediata e reducao no numero de infeccoes e complicacoes da ferida cirurgica. |