EXPLORAÇÃO DAS VIAS DE SINALIZAÇÃO PURINÉRGICA COMO MECANISMO DE ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA NA SÍNDROME ANTIFOSFOLÍPIDE

Autor: Jacintho, Bruna Cardoso
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2023
DOI: 10.48321/d1ss7p
Popis: A patogênese da síndrome antifosfolípide (SAF), apesar de extensa pesquisa, permanece obscura em muitos aspectos. No entanto, é amplamente aceito que a trombose é o resultado de um estado de hipercoagulabilidade causado por anticorpos dirigidos contra a β2-glicoproteína I (β2-GPI), um proteína cujo papel fisiológico não é completamente elucidado. Embora subestimadas, as plaquetas podem ser envolvidas na SAF e suas manifestações trombóticas, principalmente arteriais, de diversas formas. Plaquetas podem ter um papel fundamental na trombose relacionada à SAF devido à presença de múltiplos receptores que podem interagir com anticorpos anti-β2-GPI (especialmente apolipoproteína E receptor 2' (apoER2’) e glicoproteína Ibα (GPIbα) com consequente liberação de diferentes pró-coagulantes mediadores. Na SAF a trombose ocorre devido a múltiplos mecanismos que envolvem ativação plaquetária, disfunção endotelial, ativação da coagulação e vias inflamatórias. Recentemente, nosso grupo observou que plaquetas obtidas de pacientes com SAF primária trombótica (t-PAPS) apresentam maior reatividade ao estímulo com difosfato de adenosina (ADP) e são menos suscetíveis ao efeito inibitório do nitroprussiato de sódio (SNP) e do iloprost. Adicionalmente, essas plaquetas apresentam maior expressão proteica do receptor P2Y12 e menor expressão de Gsα, o que contribui para menores níveis intraplaquetários de monofosfato de adenosina (AMP). Não foi elucidado, entretanto, os mecanismos pelos quais ocorrem hiperexpressão de P2Y12 e diminuição intraplaquetária de nucleotídeos cíclicos. As plaquetas liberam ATP pelos grânulos densos criando um ambiente pró-inflamatório. O ATP é degradado em adenosina pela via CD39/CD73 que leva a um ambiente antiinflamatório. Esse processo ocorre através do receptores de adenosina AR A2A e A2B nas plaquetas que aumentam os níveis de AMP cíclico. Embora haja muitas evidências indicando que anticorpos aPL aumentam a atividade de plaquetas obtidas de voluntários saudáveis, a função plaquetária na t-PAPS não foi amplamente estudada. Sendo assim se torna importante o estudo dos mecanismos fisiopatológicos por de trás dos achados prévios. Mais pesquisas de diversos aspectos mais importantes dos testes de função plaquetária são necessárias para fornecer um guia para avanços mais recentes no campo, o que pode ajudar a novas contribuições e mais entendimento das vias plaquetárias especialmente na SAF. Portanto o objetivo primário deste estudo é avaliar a ação das purinas à base de adenina na agregação plaquetária em pacientes com t-PAPS e caracterizar, por meio de ensaios funcionais e bioquímicos, as vias de sinalização purinérgicas e de nucleotídeos cíclicos. E como objetivo secundário iremos avaliar em cultura celular a ação dos aPL (HUVEC estimuladas com imunoglobulina de pacientes isolado do soro), para realizar a dosagem de proteínas e expressão gênica após estímulo.
Databáze: OpenAIRE