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Este artigo traz à discussão sobre a maternidade como um construto sócio-histórico, atravessada pelos desafios, ambivalências, expectativas e paradigmas, que afetam as formas de ser da mulher contemporânea. Algo pertinente à compreensão da naturalização e idealização materna, num contexto de sobrecarga com a experiência da maternidade integral ou com o a conciliação de múltiplas funções, onde o ser mulher e ser mãe se confundem. Diante desse cenário a pesquisa buscou discutir os efeitos da maternidade na construção da identidade da mulher, investigando como elas percebem a si mesmas e sua experiência de ser mãe. O percurso metodológico baseou-se em uma pesquisa de campo de natureza qualitativa, realizada através de entrevistas semiestruturadas à duas mulheres; a primeira exerce a sua maternidade de forma integral e a segunda concilia a sua maternidade com trabalho e estudo. A análise de dados teve como parâmetro a análise de conteúdo. Acredita-se que o presente estudo possibilitou investigar pontos de muita pertinência ligados à maternidade, numa perspectiva que aponta uma diversidade das formas de se exercer a maternidade de forma singular. Deste modo, esta pesquisa pode contribuir para o debate e reflexão da maternidade, onde as transformações e desafios maternos são percebidos sob um contexto verídico, rompendo com a romantização que se propaga em torno da maternidade. Considerando a complexidade do fenômeno em questão e o número reduzido de participantes, o presente trabalho não esgotou os temas abordados no decorrer da pesquisa. |
