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No presente artigo abordaremos a questão dos intelectuais, a relação hegemonia/educação e, por fim, o caráter contra-hegemônico da obra e da militância de Florestan Fernandes. Para isso, utilizamos como referencial teórico os escritos do comunista sardo Antonio Gramsci (1891-1937), que ampliou/renovou conceitos basilares do marxismo, a despeito das condições materiais impostas pela ditadura fascista de Mussolini. Gramsci ampliou não apenas os conceitos de Estado, partido e sociedade civil, mas também o de intelectual. Foi a discussão acerca dos intelectuais que conferiu à sua obra um profundo caráter de originalidade. De acordo com ele, não existe uma classe “independente” de intelectuais. Cada modo de produção possui uma classe fundamental, que por sua vez possui sua própria camada de intelectuais ou tende a construí-la. Segundo Gramsci, os intelectuais são, ao mesmo tempo, dirigentes, sábios, organizadores e educadores. |