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Avaliou-se o comportamento de linhagens e cultivares de soja de ciclos precoce, semi-precoce, médio e semi-tardio em relação à infestação de percevejos e de insetos desfolhadores, em condições de campo, nas localidades paulistas de Campinas (ano agrícola 1993/94) e de Ribeirão Preto (1994/95). Dentro do germoplasma de ciclo precoce e semi-precoce (IAC 100, IAC 17, IAS 5, IAC Holambra Stuart-2 e IAC 83-311) não se observou comportamento diferenciado em relação a insetos desfolhadores (principalmente Anticarsia gemmatalis Hübner e, em menor proporção, coleópteros crisomelídeos) nas duas localidades, porém, detectaram-se diferenças entre os genótipos em relação ao ataque dos percevejos Piezodorus guildinii (West.) (predominante), Nezara viridula (L.) e Euschistus heros (Fabr.). Considerando-se os critérios porcentagem de dano nas vagens e retenção foliar, IAC 83-311 e IAS-5 foram os de pior desempenho, ao passo que, tomando-se o fator produção, apenas IAS-5 diferiu dos demais, sendo o mais suscetível. O germoplasma de ciclo médio e semi-tardio abrangeu onze linhagens do programa de melhoramento de soja do Instituto Agronômico e três cultivares (IAC 14, IAC 8 e IAC PL-1). Quanto aos insetos desfolhadores, houve diferenças entre os tratamentos: a linhagem IAC 78-2318 confirmou sua resistência enquanto IAC PL-1 sofreu as maiores injúrias foliares, exibindo alta suscetibilidade. Os critérios de avaliação de danos de percevejos permitiram também discriminação desses genótipos de ciclo médio e semi-tardio; considerando-se a produção, a maioria das linhagens teve bom comportamento, com médias acima das das três cultivares, a despeito das altas populações de percevejos. |