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O objetivo do presente trabalho é apresentar os argumentos de Epicuro contra a crença em uma vida além-túmulo. Epicuro se opôs a essa crença porque ela culminava no medo da morte, mais especificamente no medo de castigos divinos. No intuito de dissipar esse fator de perturbação mental, Epicuro desenvolveu a tese de que a “morte nada é para nós” (????? ????????), pois, uma vez que representa a privação dos sentidos (????????), a morte surge como o fim da possibilidade de nos relacionarmos com o mundo. Com esse raciocínio Epicuro pretendia mostrar a impossibilidade de uma cisão entre ‘corpo’ e ‘alma’ (???? – psych?) na qual seria possível (para quem assim acreditava) uma existência da alma sem o corpo. Veremos como osargumentos de Epicuro se desenvolvem mediante três considerações: (a) a crítica de Lactâncio em relação a tese de Epicuro; (b) de que modo ocorre a relação entre corpo e psych?, segundo Epicuro, no intuito de mostrar a impossibilidade de uma separação entre esses dois compostos atômicos; (c) de que modo ocorre a relação entre corpo e psych?, segundo Lucrécio, a partir dosconceitos animus e anima. |