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Introdução: A citopatologia anal é utilizada de forma similar à técnica citológica cervical para diagnosticar lesões precursoras e câncer invasor induzidos pelo papilomavírus humano. Também pode ser aplicada para diagnosticar parasitas responsáveis por outras infecções sexualmente transmissíveis e, ocasionalmente, identificar microrganismos exclusivos do trato gastrointestinal (amebas, cistos e ovos de larvas). Qualificar os laudos de diagnóstico citopatológico pode apoiar o cuidado desde a atenção primária. Objetivo: Revisar a aplicação da técnica para diagnósticos neoplásico e inflamatório no canal anal. Métodos: Revisão seletiva da literatura no Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. As fontes foram recuperadas com a pergunta: “Como a citologia anal pode apoiar o cuidado nos serviços de saúde?”. Resultados: Fontes recuperadas sugerem coleta de material do canal anal nas Unidades Básicas de Saúde e o encaminhamento para laboratórios de citopatologia. Nessa fase são emitidos diagnósticos conforme alterações observadas nas células escamosas/glandulares. Parasitas devem ser descritos de forma reprodutível. No caso de herpes e papilomavírus humano, a técnica, limitada para visualização dos vírus, identifica alterações citopáticas causadas pelas infecções. Outros agentes podem ser identificados pela morfologia, além do estado inflamatório: Trichomonas, Candida, Chlamydia trachomatis. Infecções causadas por protozoários, fungos e/ou bactérias aumentam o risco de câncer anal. Algumas alterações detectadas não são patognomônicas das infecções e exames mais específicos podem ser indicados no laudo para apoiar a decisão clínica ainda na atenção primária. A descrição precisa, com laudos com sugestões complementares de diagnóstico, pode orientar as práticas clínicas nos serviços, ampliando a resolutividade e qualidade das ações desde a atenção primária, qualificando os sistemas, redes de atenção e indicadores de saúde. Conclusão: A correlação clínico-citológica no laudo diagnóstico facilita o acompanhamento e tratamento adequados. Com a definição da indicação de exames adicionais será possível traçar melhor os protocolos de cuidado à população em diferentes agravos, apoiando ações de promoção e proteção à saúde nos serviços territoriais. |