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O câncer de ovário (CO) é uma neoplasia maligna atualmente classificada como de maior morbimortalidade e letalidade dentre os tumores que afetam o sistema ginecológico da mulher. A etiopatogenia para tal afecção não é totalmente conhecida, ainda assim, a explicação mais aceita para o tipo de neoplasia mais recorrente é a “hipótese tubária”. No que tange à epidemiologia, essa enfermidade teve uma estimativa para o ano de 2020 de aproximadamente 308.069 pacientes com CO, com índices associados à mortalidade chegando a cerca de 47%. Também, a prevalência do subtipo câncer epitelial de ovário, um carcinoma seroso de alto grau, originário principalmente na porção distal das tubas uterinas, correspondendo a 90% dos casos. Tendo em vista o lugar primário da malignidade, nem sempre é uma missão possível designar qual o local de origem e regiões metastáticas, entretanto, sabe-se que a mais comum de disseminação é o peritônio. Os sintomas do CO expressam-se de forma insidiosa, bem como, apresentam similaridades entre os quadros iniciais e avançados da doença, tais quais: sinais gastrointestinais, urinários ginecológicos e distúrbios alimentares. Além disso, o CO não é uma doença única, o qual possui uma miscelânea de tipos histológicos, correlacionados aos mais diversos fatores biofísicos e de microambiente, tornando mais difícil o diagnóstico precoce. Tendo em vista tais fatos, na maioria das vezes, o CO é identificado já em estágios avançados e cerca de dois terços diagnosticados tardiamente. Tal agravante interfere na propedêutica, reduzindo opções terapêuticas e no prognóstico dos pacientes. Por fim, o tratamento padrão para o CO é a citorredução cirúrgica máxima, seguida de quimioterapia à base de platina, ressaltando também os tratamentos mais inovadores da atualidade, citando-se a quimioterapia intraperitoneal hipertérmica. |