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O objetivo deste artigo é identificar a presença de sujeitos pretos e pardos na Companhia de Aprendizes Marinheiro do Pará, bem como compreender os diferentes aspectos da instrução ofertada por essa instituição, no período de 1866 a 1888. A questão norteadora foi saber os principais aspectos da instrução ofertada pela Companhia de Aprendizes da Marinha no Pará aos pretos e pardos, tendo em vista identificar a presença destes sujeitos enquanto alunos da Companhia. Para tanto, realizamos uma pesquisa histórico-documental por meio de fontes do Arquivo Público do Estado do Pará (APEP), as quais foram tratadas pelo método indiciário, por meio do qual analisamos informações geralmente imperceptíveis. Observamos como a presença de crianças nas instituições militares era uma maneira de suprir as necessidades das forças armadas e de recolher das ruas os menores desvalidos; e como a Companhia, além de instruir e formar crianças negras, também funcionou como instituição de “correção” de indivíduos considerados “indisciplinados”. A instrução e a formação na Companhia, destinadas à população negra de pretos e pardos, foram impostas pelas autoridades, chefes de polícia e juízes de órfãos, e dava ênfase em uma educação com ideais de civilizar essas crianças, objetivando sua utilidade para a nação. |