SUPLEMENTAÇÃO DE ÔMEGA 3 COMO ESTRATÉGIA DE MANEJO E PREVENÇÃO DA ASMA BRÔNQUICA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA

Autor: Mauro Castro de Albuquerque Filho, LUIZA MARIA GUIMARÃES DE SOUZA LEITE, THAINÁ DE FÁTIMA MOURA COSTA
Rok vydání: 2022
Zdroj: Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line.
DOI: 10.51161/ii-conbrai/6771
Popis: Introdução: O ômega 3 é um ácido graxo que diminui as concentrações de citocinas pró-inflamatórias, reduz proteína C reativa e outros marcadores inflamatórios, podendo influenciar nas doenças autoimunes. A asma é uma doença multifatorial decorrente da inflamação crônica das vias aéreas, com sintomas, como tosse, sibilos, dispneia e aperto no peito. Objetivo: Neste estudo, busca-se revisar na literatura se a suplementação de ômega 3 pode servir como ferramenta no manejo da asma, prevenindo exacerbações e diminuindo a mortalidade. Material e métodos: Foi realizada pesquisa nas plataformas LILACS, SciELO e MEDLINE durante março e abril de 2022, sendo utilizados os termos “ácidos graxos ômega 3”, “suplementos nutricionais” e “asma”, com seus respectivos termos em inglês na base de dados PubMed, sendo selecionados 178 artigos. Após seleção dos artigos publicados nos últimos 5 anos e ensaios clínicos randomizados, bem como a leitura de títulos e resumos, foram selecionados 3 estudos para esta revisão. Resultados: Verificou-se que a suplementação dietética de peixes pode contribuir para a desinflamação das vias aéreas, como também foi evidenciado que a suplementação de 3,1 gramas por dia de ácidos graxos poli-insaturados pode significar um potencial tratamento auxiliar em adultos asmáticos e broncoconstrição induzida por hiperpneia. Entretanto, tais estudos não abordaram diferentes graus de gravidade de asma nem apresentaram alto grau de significância estatística. Somando-se a isso, observou-se que a suplementação de 4 gramas ao dia está associada a maior concentração de ômega 3 em monócitos e granulócitos, embora na prática não cause diminuição suficiente na produção de leucotrienos para o controle da asma. Conclusão: Pode-se concluir que embora alguns dos estudos analisados tenham relatado melhora no pico de fluxo expiratório, no volume expiratório forçado no primeiro segundo e na resposta da broncoconstrição induzida pelo exercício em pacientes asmáticos, são necessários novos estudos para estabelecer a relação entre o ômega 3 e seu efeito no combate a inflamação das vias aéreas, assim como sua atuação utilizando doses maiores e por tempo mais prolongado, tendo em vista que os estudos analisados acompanharam os pacientes por no máximo 6 meses e utilizaram no máximo a dose de 4 gramas por dia.
Databáze: OpenAIRE