Autonomia camponesa no Baixo Parnaíba maranhense: conflitos, processos de luta e garantia territorial
Autor: | Saulo Barros da Costa |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2015 |
Předmět: | |
Zdroj: | ENTRE-LUGAR; v. 6 n. 12 (2015); 133-151 Entre-Lugar Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) instacron:UFGD Entre-Lugar, Vol 6, Iss 12, Pp 133-151 (2017) |
ISSN: | 2177-7829 2176-9559 |
Popis: | Este artigo diz respeito a pesquisa realizado no Baixo Parnaíba maranhense no âmbito da produção da tese de doutoramento, com foco nos processos de luta e resistência camponesa, que garantem a permanência e reprodução de sujeitos sociais, ameaçados pelo avanço da produção industrial do agronegócio. Desde dos anos de 1990, os extensos plantios de eucaliptos avançam no cerrado maranhense e mata dos cocais, com marcas sobre as recargas hídricas e dinâmica dos modos de vida de povos e comunidades tradicionais maranhenses. Este território é contestado diante os conflitos territoriais e ambientais, como explicitado nas formas e possibilidades de reprodução camponesa (PAULA ANDRADE, 2012; CPT, 2015). A resistência concreta camponesa (SCOTT, 2013) possui a dimensão da autonomia e da luta, construída historicamente e materializada em ações que promovem mudanças radicais nas estruturas do Estado e enfrentamentos diretos, a saber a empresa Suzano Papel e Celulose S. A. Como resultado, observou-se a lei do bacuri verde, aprovada no território da comunidade São Raimundo, município de Urbano Santos, Maranhão, em dezembro de 2012, com base nos princípios: extrativismo coletivo e diversificado; e luta contra o avanço dos plantios de eucalipto nos territórios de comunidades encurraladas multilateral e espacialmente. Esta lei revela a política que estes sujeitos tecem em suas práticas, demarcando seus modos de vida, em vias do avanço do capitalismo agrário, consolidando o território camponês do Baixo Parnaíba a partir das suas representações espaciais das chapadas e dos baixões, a diversidade de usos e modos de vida de sujeitos e as resistências internas pela preservação e uso do cerrado, descrevendo outra polifonia na cartografia das resistências e dos territórios comunitários. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |