Comparação entre o uso de colostro de substituição ou de colostro materno nos níveis de imunoglobulinas sanguíneos e de morbilidade em vitelos
Autor: | Hipólito, Maria Vitória Salvador |
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Přispěvatelé: | Stilwell, George Thomas |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2021 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) instacron:RCAAP |
Popis: | Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina Veterinária O colostro é uma importante fonte de nutrição e imunidade para os vitelos recém-nascidos. Uma vez que estes ao nascerem são considerados agamaglobulinémicos, necessitam de ingerir colostro para que haja transferência de imunoglobulinas (Ig) maternas que irão fazer um reforço do sistema imunitário do neonato. Consequentemente, a transferência de imunidade passiva (TIP) vai contribuir para uma diminuição nas taxas de morbilidade e mortalidade nestes animais. O colostro de substituição (CS) surgiu no mercado para colmatar a baixa reserva de colostro materno (CM) disponível e para uma minimização na transmissão de agentes infecciosos presentes no CM. A grande variedade na qualidade dos produtos existentes faz com que haja uma diferença na composição de cada CS e por consequente no seu conteúdo em Ig, com possibilidade de influenciar a TIP. Tendo isto em consideração, o principal objetivo deste estudo foi avaliar os níveis de Ig sanguíneos de vitelos que receberam CS ou CM para compreender a eficácia de utilização de um CS na TIP e se induz a um aumento de morbilidade. Participou no estudo uma exploração do distrito de Lisboa, com um efetivo médio de 819 animais, provenientes de crossbreeding. Este estudo comportou 55 vitelos divididos em dois grupos, no primeiro grupo (n=29) foram incluídos animais que receberam CM e o segundo grupo (n=26) foi constituído por animais que receberam CS. Em todos os indivíduos foram medidos os valores de proteína total (PT) sérica através de um refratómetro de Brix digital e os valores de imunoglobulina G (IgG) sérica através do método de imunodifusão radial, com recolha de amostra às 24 horas de vida. Demonstrou-se, para o limite de 10 g/L de IgG sérica, uma TIP bem-sucedida em 96% dos animais. Estes resultados demonstraram que a utilização de PT sérica como preditor da TIP não é adequada, especialmente nos animais que receberam CS. A correlação entre estes dois métodos de medição foi de apenas 43%. Os níveis de morbilidade foram de 27,27% e de mortalidade foram de 7,27% no intervalo de tempo em que decorreu o estudo. Não se encontrou qualquer relação entre o tipo de colostro administrado e as taxas de mortalidade e morbilidade. Concluímos que o cut-off para identificação de FTIP usando as PT séricas em vitelos que receberam CS, deve ser revisto. Concluímos ainda que o produto avaliado parece proteger suficientemente vitelos e por isso poderá ser uma alternativa aceitável quando não existe CM disponível. ABSTRACT - COMPARISON BETWEEN THE USE OF SUBSTITUTION CLOSTRUM OR MATERNAL COLOSTRUM ON SERUM IMMUNOGLOBULIN LEVELS AND MORBIDITY IN CALVES - Colostrum is an important source of nutrition and immunity for newborn calves. Because newborn calves are agammaglobulinemic, and they depend on colostrum ingestion to get maternal immunoglobulin transference which will fortify the immunity system. Consequently, the passive transfer of immunity will contribute for a decrease in morbidity and mortality rates. Colostrum replacers emerged on the market to fill the gap when there are low maternal colostrum storage and to minimize the transmission of infectious pathogens from maternal colostrum. The great variety of colostrum replacers available with different composition and immunoglobulins’ content, may influence the passive transfer of immunity. With this in consideration, the main objective of this study it was to evaluate serum immunoglobulin levels of calves fed maternal colostrum or a commercial colostrum replacer to understand the impact on passive transfer of immunity and in morbidity and mortality. This study took place in a farm in the Lisbon district, with a mean herd size of 819 animals and where crossbreeding is used. The study included 55 calves separated in two groups, in the first group (n=29) were calves fed maternal colostrum and in the second one (n=26) were calves fed colostrum replacer. Serum total protein was measured with a digital Brix refractometer and serum immunoglobulins using radial immunodiffusion, with sample collection at 24 hours of life. The results showed, that for a cut-off value of 10 g/L for serum immunoglobulins, a successful immunity transfer in 96% of animals. Our results showed that the use of serum total protein as a predictor of passive transfer of immunity is not suitable especially when colostrum replacer is used. The correlation between these two IgG measuring methods was only 43%. The failure of passive transfer of immunity, using this study’s values from serum immunoglobulin measure, was minimal with only two calves (4%) being reported to have failure of passive transfer of immunity. Morbidity and mortality levels were 27,27% and 7,27%, respectively, during the study. No relationship was found between the type of colostrum administered and mortality and morbidity rates. We conclude that the cut-off for identification of failure of passive transfer using serum total protein in calves that received colostrum replacer should be reviewed. We also conclude that the evaluated product seems to sufficiently protect calves and therefore may be an acceptable alternative when there is no maternal colostrum available. N/A |
Databáze: | OpenAIRE |
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