Vaginite infantil : prevalência desta afeção em cadelas pré-púberes no Hospital Referência Veterinário Montenegro
Autor: | Pimentel, Inês Ponte |
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Přispěvatelé: | Mateus, Luísa Maria Freire Leal, Montenegro, Luís Miguel Fonte (Tutor) |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2022 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) instacron:RCAAP |
Popis: | Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina Veterinária A vaginite infantil corresponde a uma inflamação da vagina e do vestíbulo em cadelas pré-púberes. Pode ocorrer desde as oito semanas de idade até a cadela ter o seu primeiro ciclo éstrico. É uma afeção comum, mas muitas vezes subdiagnosticada, visto que a cadela pode não demonstrar sinais clínicos ou estes serem pouco expressivos (Greer 2014). Este estudo visou analisar a prevalência desta afeção numa amostra de quarenta cadelas pré-púberes. Adicionalmente, procedeu-se à caraterização da amostra quanto a: faixa etária, raça, sinais clínicos, diagnóstico, tratamento e evolução clínica. Cerca de 42,5% das fêmeas do presente estudo foram diagnosticadas com vaginite infantil e a alteração mais frequente foi a presença de corrimento vulvar muco-purulento. Em 42,9% (6/14) das cadelas com sinais clínicos, nenhum dos sinais foi detetado pelos titulares, tendo estes se dirigido ao Hospital por outros motivos. A média de idades dos animais afetados foi de 6,8 meses, sendo que a cadela mais jovem apresentava 4 meses de idade e a mais velha 10 meses. Não se verificou relação entre a afeção e a raça das cadelas. Realizaram-se diferentes exames complementares de diagnóstico, nomeadamente a citologia vaginal, que se mostrou muito relevante para o diagnóstico de vaginite. Citologias vaginais com elevados números de neutrófilos, degenerados ou não, muitos detritos, presença de bactérias e sinais de fagocitose são patognomónicas em cadelas com vaginite infantil (Soderberg 1986; Kustritz 2003). As abordagens terapêuticas consistiram em lavagens vulvares (53,3%) e/ou administração oral de probióticos (23,5%). Em 8 fêmeas não se fez nenhuma terapêutica, tendo-se esperado pelo primeiro ciclo éstrico da cadela, o objetivo é aguardar que estas alcançem a maturidade fisiológica reprodutiva, do epitélio e do canal vaginal, o que reforça o seu sistema imunitário. Em 94,1% das cadelas houve uma evolução clínica positiva, com recuperações totais do problema. Este trabalho realça a importância de um exame físico cuidado durante as consultas de rotina e de planos vacinais. ABSTRACT - Juvenile Vaginitis – Prevalence of this condition in prepubertal female dogs in Hospital Referência Veterinário Montenegro - Juvenile vaginitis is an inflammation of the vagina and vestibule in prepubertal female dogs. It can occur from eight weeks of age until the bitch had her first estrous cycle. It’s a common condition, mostly under-diagnosed, since the bitch may not demonstrate clinical signs or these can be mild (Greer 2014). This study aimed to analyse the prevalence of this condition in a sample of forty prepubertal female dogs. Additionally, the sample with juvenile vaginitis was also characterized regarding: age, breed, clinical signs, diagnosis, treatment and clinical evolution. 42.5% of the females of this study were diagnosed with juvenile vaginitis and the most frequent clinical sign was muco-purulent vulvar discharge. In 42.9% (6/14) of the bitches with clinical signs, none of the signs were detected by the owners, who brought the dogs to the Hospital for other reasons. The average age of the affected animals was 6.8 months, being the youngest bitch 4 months old and the oldest 10 months. There was no relation between the condition and the breed of the bitches. Different complementary diagnostic tests were performed, namely vaginal cytology, which proved to be very relevant for the diagnosis of vaginitis. Vaginal cytology with high numbers of neutrophils, degenerated or not, high level of debris, high load of bacteria and signs of phagocytosis are indicative of a diagnosis of juvenile vaginitis (Soderberg 1986; Kustritz 2003). The therapeutic approaches consisted in douching of the vulva (53,3%) and/or oral administration of probiotics (23,5%). In 8 females no therapeutical protocol was performed, having been waited for the first estrous cycle of the bitch, the purpose is to wait for the reproductive physiological maturity, of the epithelium and of the vaginal canal, which reinforces the immune system. In 94.1% of the bitches there was a positive clinical evolution, with full recovery from the problem. This work highlights the importance of a careful physical examination during routine appointments and vaccination plans. N/A |
Databáze: | OpenAIRE |
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