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O remifentanil é usado para atenuar a resposta hemodinâmica materna à intubação e ao estresse cirúrgico durante o intervalo indução‐parto cesariana. O objetivo foi comparar os efeitos de dois regimes posológicos de remifentanil sobre o nível de estresse oxidativo, em correlação com seus efeitos na hemodinâmica materna e no neonato. Mediante códigos gerados por computador, 51 pacientes (17 por grupo) programadas para cesariana eletiva foram randomicamente divididas em três grupos paralelos (A, B e c). No Grupo A, as pacientes receberam remifentanil em bolus de 1 μg.kg−1 imediatamente antes da indução, seguido por infusão de 0,15 μg.kg−1.min−1 que foi interrompida após a incisão da pele; no Grupo B, as pacientes receberam remifentanil em bolus de 1 μg.kg−1 imediatamente antes da indução; no Grupo C (controle), as pacientes não receberam remifentanil até o parto. Amostras de sangue venoso materno foram colhidas no momento basal, na extração do feto e 30 minutos após o término da operação para determinar espectrofotometricamente as concentrações do malondialdeído e dos produtos proteicos de oxidação avançada. O mesmo foi feito para a coleta das amostras de sangue venoso umbilical. A pressão arterial sistólica e a frequência cardíaca permaneceram significativamente menores no Grupo A, comparado aos grupos B e C, durante todo o intervalo indução‐parto (p < 0,001, p = 0,02 após a intubação; p = 0,006, p = 0,03 após a incisão da pele; p = 0,029, p = 0,04 após a extração do feto, respectivamente). No momento da extração do feto, a concentração do malondialdeído foi menor no sangue materno do Grupo A, comparado aos grupos B e C (p = 0,026). Todos os escores de Apgar neonatais foram ≥ 8 e os valores da avaliação ácido‐base do cordão umbilical estavam dentro da faixa normal. O regime posológico de remifentanil aplicado ao Grupo A atenuou de modo significativo a peroxidação lipídica e a resposta hemodinâmica materna durante todo o intervalo indução‐parto, sem comprometer o desfecho neonatal. Remifentanil is used to attenuate maternal hemodynamic response to intubation and surgical stress during Induction–Delivery period of cesarean section. The goal was to compare the effects of two remifentanil dosing regimens on oxidative stress level, in correlation with its hemodynamic and neonatal effects. Fifty‐one patients, 17 per group, enrolled for elective cesarean section were randomly divided by computer‐generated codes into three parallel groups: (A) patients received a 1 μg.kg−1 remifentanil bolus immediately before induction, followed by 0.15 μg.kg−1.min−1 infusion, that was stopped after skin incision; (B) patients received a 1 μg.kg−1 remifentanil bolus immediately before induction; (C) (control), patients did not receive remifentanil until delivery. Maternal venous blood samples were taken at basal time, at extraction and 30 minutes after the end of operation for spectrophotometrical determination of malondialdehyde and advanced oxidation protein products concentration. The same was conducted for umbilical venous sample. Systolic blood pressure and heart rate remained significantly lower in group A compared to B and C during entire Induction–Delivery period (p < 0.001, p = 0.02 after intubation; p = 0.006, p = 0.03 after skin incision; p = 0.029, p = 0.04 after extraction; respectively). Malondialdehyde concentration was lower at time of extraction in maternal blood in group A compared to B and C (p = 0.026). All neonatal Apgar scores were ≥ 8 and umbilical acid–base values within normal range. The remifentanil dosing regimen applied in group A significantly attenuated lipid peroxidation and maternal hemodynamic response during entire I–D period, without compromising neonatal outcome. [ABSTRACT FROM AUTHOR] |